A farmacêutica brasileira EMS iniciou nesta segunda-feira (4) a comercialização das primeiras canetas injetáveis produzidas no Brasil para o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2. Os medicamentos, batizados de Olire e Lirux, já estão disponíveis em farmácias selecionadas do Sul e Sudeste, com promessa de ampliar o acesso a esse tipo de tratamento no país.
Os novos produtos são similares aos medicamentos importados Saxenda e Victoza, da farmacêutica Novo Nordisk, e vêm sendo chamados popularmente de “Ozempic brasileiro”, em referência ao famoso remédio para emagrecer.
Tanto Olire quanto Lirux utilizam como princípio ativo a liraglutida, uma substância análoga ao hormônio GLP-1, que atua na regulação da glicose no sangue e do apetite. A Anvisa autorizou a produção nacional dos medicamentos em dezembro do ano passado.
Neste primeiro lote, estão sendo disponibilizadas cerca de 100 mil unidades de Olire e 50 mil de Lirux, que podem ser encontradas nas redes Drogasil, Raia, Drogaria São Paulo e Pacheco, tanto em lojas físicas quanto nos sites dessas farmácias. A previsão é de que até o fim de 2025 mais de 250 mil unidades estejam disponíveis no mercado, chegando a meio milhão até agosto de 2026.
💰 Quanto custa?
Os preços sugeridos variam de acordo com o tipo e a quantidade de canetas na embalagem. O valor inicial parte de R$ 307,26 para uma unidade. A versão Lirux com duas canetas sai por R$ 507,07, enquanto o kit com três canetas Olire custa R$ 760,61.
💉 Como funcionam Olire e Lirux?
A Olire é a primeira caneta injetável desenvolvida no Brasil com foco específico no tratamento da obesidade. Já o Lirux é voltado para o controle do diabetes tipo 2, com formulação ajustada para esse fim. Ambos os medicamentos são de aplicação diária e devem ser usados conforme prescrição médica, podendo ser injetados na coxa, abdômen ou braço.
A Olire é indicada para pacientes a partir de 12 anos, enquanto o Lirux pode ser prescrito para maiores de 10 anos. Desde junho, a venda dos medicamentos exige a retenção da receita médica, o que reforça a importância do acompanhamento profissional durante o uso, tanto para o ajuste das doses quanto para o controle de possíveis efeitos colaterais.