Woman in depression on gray background
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Roer as unhas pode parecer um simples costume ou até um gesto de distração, mas o ato tem nome, diagnóstico e implicações sérias. Onicofagia é o termo médico usado para descrever o comportamento repetitivo de roer unhas das mãos e, em alguns casos, dos pés. O hábito costuma surgir ainda na infância, por volta dos seis anos, e pode se estender por toda a vida adulta. Embora não exista uma causa única, estudos associam a prática a quadros de ansiedade, estresse e insegurança, sendo uma forma inconsciente de aliviar a tensão emocional.

Riscos e Consequências da Onicofagia

Os riscos vão muito além da aparência. As unhas funcionam como uma barreira de proteção contra microrganismos, e roê-las facilita a entrada de bactérias, vírus e fungos no organismo. Entre as consequências estão infecções nas cutículas, inflamações, deformações da unha e até problemas dentários, como desgaste do esmalte, bruxismo e desalinhamento dos dentes. Em casos mais graves, a pessoa pode desenvolver lesões na boca, infecções estomacais e dificuldades motoras nas mãos. Apesar disso, muitas vezes o comportamento não é levado a sério o que retarda a busca por ajuda adequada.

Tratamento e Autocuidado

O tratamento da onicofagia depende de entender o que desencadeia o hábito. Estratégias simples podem ajudar, como o uso de esmaltes amargos, o corte regular das unhas e o uso de mordedores de borracha. Em situações mais persistentes, o acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra é indicado para lidar com possíveis transtornos emocionais ligados ao ato. Atividades que reduzem a ansiedade, como esportes, hobbies e boas noites de sono, também são grandes aliadas. Embora pareça inofensiva, a onicofagia merece atenção e cuidar dela é, acima de tudo, um gesto de autocuidado.

Editado por Luiz Octávio Lucas