O bruxismo é um comportamento motor que se caracteriza pelo apertamento dos dentes, ranger dos dentes ou movimentação repetitiva da mandíbula. Esse fenômeno pode ocorrer tanto durante o sono (bruxismo do sono) quanto quando a pessoa está acordada (bruxismo de vigília). No bruxismo do sono, os movimentos são geralmente inconscientes, tornando difícil para o paciente perceber que está ocorrendo. Por outro lado, no bruxismo de vigília, os movimentos são mais conscientes e frequentemente associados a momentos de estresse, concentração ou ansiedade. Apesar de sua prevalência, muitas pessoas não sabem que sofrem desse problema, que pode afetar tanto crianças quanto adultos.
Conheça os sinais e sintomas
Os principais sinais e sintomas do bruxismo incluem:
- Dor na face, mandíbula e cabeça
- Desgaste dentário
- Tensão nos músculos da mastigação
- Ruídos ao movimentar a boca
- Dores no pescoço e nos ombros
Em casos mais severos, o bruxismo pode levar a fraturas dentárias, comprometer a saúde bucal e aumentar a tensão muscular, impactando negativamente a qualidade de vida do paciente.
Fatores de risco
Os fatores de risco para o desenvolvimento do bruxismo são variados, sendo o estresse e a ansiedade as principais causas. Outros fatores que podem agravar a situação incluem o consumo de substâncias estimulantes, como cafeína e nicotina, além de distúrbios do sono, como a apneia. Para crianças e adolescentes, situações de tensão emocional e problemas respiratórios também podem ser gatilhos significativos.
Tratamento multidisciplinar
O tratamento do bruxismo deve ser multidisciplinar, envolvendo profissionais como fisioterapeutas, dentistas e psicólogos. A fisioterapia desempenha um papel fundamental no manejo dessa condição, proporcionando alívio das dores musculares e correção de desequilíbrios musculoesqueléticos. Técnicas manuais e exercícios específicos são utilizados para aumentar a mobilidade da mandíbula e reduzir a tensão muscular.
Além disso, recursos como biofeedback podem ajudar os pacientes a se tornarem mais conscientes de sua atividade muscular excessiva e a aprender a controlá-la. A orientação sobre relaxamento e a adoção de hábitos saudáveis também são parte integrante do tratamento.
A fisioterapia não só alivia os sintomas, mas também previne complicações futuras, contribuindo para uma melhora significativa na qualidade de vida do paciente. Em alguns casos, o tratamento pode incluir o uso de placas oclusais, intervenções psicológicas para controle do estresse e, quando necessário, medicamentos.