Para o experimento, pesquisadores da Baylor College of Medicine, instituição localizada no Texas, nos Estados Unidos, injetaram o contraceptivo em 12 ratos machos diariamente por 21 dias. Nenhum deles gerou novos filhotes ainda que vivessem juntos das fêmeas e acasalassem.
Ao analisarem os testículos dos ratos, a equipe observou que eles tinham uma contagem menor de esperma, menor motilidade espermática e menos espermatozóides hiperactivados em comparação aos grupo de controle (o qual não recebeu o CDD-2807 e funciona como comparativo). Em seguida, a aplicação do composto foi interrompida por 53 dias, o que levou ao reaparecimento das gestações.
“Ficamos satisfeitos ao ver que os ratos não mostraram sinais de toxicidade do tratamento com CDD-2807, que o composto não se acumulou no cérebro e que o tratamento não alterou o tamanho dos testículos. É importante ressaltar que o efeito contraceptivo foi reversível. Após um período sem o composto CDD-2807, os camundongos recuperaram a motilidade e o número de espermatozoides e ficaram férteis novamente”, disse a patologista Courtney Sutton, parte dos cientistas envolvidos na pesquisa, em comunicado.
Ainda que os testes em humanos sejam uma ideia distante para a equipe, eles pretendem prosseguir a pesquisa em primatas não humanos.