Com a chegada do verão, os dias ficam mais quentes e é importante ficar atento a
alguns cuidados para evitar problemas ao se expor ao sol demais. Isso é
especialmente importante porque a pele, que é a parte do corpo mais sensível à
radiação solar, pode sofrer diversos problemas de saúde se não tomarmos cuidado.
A dermatologista Adriana Simões destaca alguns cuidados importantes que todos
devem ter com a pele, principalmente durante o verão.
Ela explica que o ideal é se proteger do sol durante o ano todo, e o uso do filtro
solar deve virar um hábito diário, desde a infância. Adriana recomenda usar um
protetor solar com pelo menos 45 FPS, e lembra que ele não deve ser usado só na
praia, como muita gente pensa. “É importante aplicar o protetor no dia a dia, de
forma regular”, diz. Além disso, ela alerta para evitar ficar exposto ao sol entre as
10h e às 16h, pois o índice de raios ultravioleta é maior.
A dermatologista também destaca a importância de prestar atenção na hora de
passar o protetor solar. Ela explica que muitas pessoas acabam usando uma
quantidade menor do que o recomendado, o que não oferece a proteção ideal.
“Para garantir uma cobertura eficaz, o ideal é aplicar aproximadamente 2 mg de
protetor por centímetro quadrado da pele. Essa quantidade forma uma camada mais
espessa, que fica na pele sem espalhar até desaparecer. Não é correto passar e
depois esfregar até sumir; o mais importante é deixar essa camada consistente para
assegurar a proteção adequada”, ela orienta.
Adriana explica que, quando se trata de crianças e idosos que vão pegar sol na
praia, é importante tomar cuidados extras. Ela comenta que estudos mostram que a
infância é uma fase especialmente sensível aos efeitos prejudiciais do sol, e que a
exposição excessiva nos primeiros 10 a 20 anos de vida pode aumentar bastante as
chances de desenvolver câncer de pele na fase adulta ou na velhice.
A especialista pontua os riscos e problemas de saúde que podem surgir com a
exposição excessiva ao sol. Ela comenta que há desde danos relacionados ao
câncer de pele, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e outros
tipos de câncer, que são os mais associados à exposição solar. Além disso, ela
destaca que o sol pode ativar doenças inflamatórias, aumentando as chances de
desenvolvê-las.
Ela também lembra que várias condições, como a erupção polimorfa à luz, o lúpus,
a dermatomiosite, além de dermatite seborreica grave e rosácea, podem piorar com
o contato frequente com o sol. Do ponto de vista estético, a exposição excessiva
acelera o envelhecimento da pele, provoca manchas brancas na pele, conhecidas
como leucodermia pontuada, que aparecem principalmente nos braços e pernas
após anos de exposição solar contínua.
Para se proteger, ela recomenda usar roupas apropriadas, como camisas de manga
longa com proteção UV e bonés e chapéus com abas bem largas, óculos escuros
que ajudam a bloquear a radiação solar.