Entre pesos e esteiras, a dúvida sobre qual modalidade priorizar na rotina de treinos parece cada vez mais comum. Quando o assunto é busca na internet, os brasileiros estão mais inclinados a procurar informações sobre atividades aeróbicas.
O levantamento, realizado pela Growth Supplements com base em dados do Google BR, mostra que em agosto de 2025 o termo “cardio” superou 42 mil pesquisas, enquanto “musculação” registrou pouco mais de 29 mil buscas – uma diferença de 31%.
Segundo a análise da Growth Supplements – empresa referência no segmento de suplementação esportiva –, embora os exercícios aeróbicos tenham se destacado em volume de pesquisas, a musculação também se manteve relevante, indicando que há um equilíbrio no interesse.
A escolha entre os dois, no entanto, costuma depender diretamente do objetivo do praticante: enquanto o cardio é associado à melhora da resistência, saúde cardiovascular e perda de peso, a musculação é mais procurada por quem deseja força e ganho de massa muscular.
CARDIO
Na lista do “cardio” estão aquelas atividades que, em um período prolongado, estimulam o coração e os pulmões de forma contínua. Assim, existem opções como corrida, ciclismo, natação e até treinos indoor em academias.
Além de auxiliarem no emagrecimento, também são aliadas da saúde mental. Um estudo publicado este ano pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), mostrou evidências científicas sobre a prática de exercícios aeróbicos e o funcionamento do cérebro, que apontam que a constância beneficia as funções cognitivas e a saúde mental. Não à toa, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda entre 150 e 300 minutos semanais de atividade aeróbica moderada ou intensa para adultos.
MUSCULAÇÃO
Já a musculação é voltada para o fortalecimento muscular e pode ser trabalhada com exercícios resistidos, como agachamentos, flexões, remada curvada, supino, cadeira extensora e barra fixa. A prática requer acompanhamento profissional, já que cada movimento ativa um grupo muscular principal diferente e exige atenção à periodização, como no caso do processo de hipertrofia – o aumento do tamanho e do volume dos músculos –, o rigor ultrapassa o planejamento dos treinos e alcança a organização do tempo de descanso, alimentação, suplementação e hidratação.
AS DUAS MODALIDADES “JUNTAS”
Muitos especialistas defendem a combinação das duas modalidades. Incluir cardio e musculação na mesma rotina pode trazer benefícios complementares: melhora da resistência cardiovascular, ganho de massa muscular e maior queima calórica. O foco deve ser ajustado de acordo com o objetivo principal. O segredo está na ordem e intensidade: quem prioriza emagrecimento tende a começar pelo aeróbico (cardio), enquanto quem busca hipertrofia (musculação) costuma dar início aos treinos de força, deixando o cardio para depois.
A periodização ajuda a evitar o chamado “interferência do treino concorrente”, quando um método prejudica o outro. Outra dica importante para que o desempenho seja melhor é fazer ajustes na dieta, além da suplementação e não pular o pré-treino.
O pré-treino pode auxiliar no ganho de massa muscular, especialmente quando há alimentos proteicos. Nesses casos, a indicação é de 1,4 a 2 gramas de proteína por quilo corporal.