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Mpox: entenda doença que matou cantor paraense aos 39 anos

A Prefeitura de Belém confirmou nesta sexta-feira (25) a morte do cantor paraense Gutto Xibatada, de 39 anos, por complicações causadas pela mpox.

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A Prefeitura de Belém confirmou nesta sexta-feira (25) a morte do cantor paraense Gutto Xibatada, de 39 anos, por complicações causadas pela mpox
A Prefeitura de Belém confirmou nesta sexta-feira (25) a morte do cantor paraense Gutto Xibatada, de 39 anos, por complicações causadas pela mpox Foto: Divulgação

A Prefeitura de Belém confirmou nesta sexta-feira (25) a morte do cantor paraense Gutto Xibatada, de 39 anos, por complicações causadas pela mpox (anteriormente conhecida como monkeypox). Gutto era conhecido por mesclar forró com referências à cultura paraense.

Internação e Agravamento do Quadro

Segundo familiares, o artista estava doente há cerca de um mês. Durante esse período, chegou a viajar para o Rio de Janeiro e para a Bahia. Após retornar a Belém, procurou atendimento médico, recebeu medicação e foi orientado a manter isolamento domiciliar.

Com o quadro agravado, Gutto foi internado no Hospital Pronto Socorro Municipal Mário Pinotti no dia 22 de abril, por volta das 9h30, após ser socorrido pelo SAMU. Foi levado diretamente ao Centro de Tratamento Intensivo (CTI), onde veio a falecer no mesmo dia, por volta das 17h.

Relatos da Família e Suspeita de Falhas no Atendimento

De acordo com a irmã do cantor, Gutto ocultou a gravidade da doença e continuou saindo de casa, ainda que de forma discreta. Ela relata que as lesões se espalharam e afetaram pulmões, fala, visão e tato, agravando o quadro devido à asma preexistente.

A família também questiona a qualidade da assistência prestada. Eles afirmam que sensores de monitoramento não foram utilizados, com a justificativa de que as bolhas impediam a fixação. Além disso, alegam que não havia profissionais suficientes para o acompanhamento adequado.

Mpox: Sintomas, Transmissão e Prevenção

A mpox é uma doença viral transmitida principalmente pelo contato direto com lesões na pele, fluidos corporais ou objetos contaminados. Os sintomas mais comuns incluem:

  • Febre
  • Erupções cutâneas (que podem atingir rosto, mãos, pés, boca, órgãos genitais e região anal)
  • Lesões com líquido, que evoluem para crostas
  • Cansaço, dor de cabeça e inchaço nos gânglios

O período de incubação vai de 3 a 21 dias, e a transmissão ocorre até que todas as crostas tenham desaparecido e a pele esteja completamente cicatrizada.

Diagnóstico

O diagnóstico da mpox é feito por testes laboratoriais (PCR ou sequenciamento genético), com coleta de amostras diretamente das lesões ou crostas.

Formas de Transmissão

A mpox se transmite principalmente por:

  • Contato pele a pele com lesões ou secreções
  • Objetos contaminados, como roupas, toalhas e utensílios
  • Gotículas respiratórias, em casos de exposição próxima e prolongada

Profissionais de saúde, cuidadores e familiares são os mais expostos ao risco.

Prevenção

Para evitar a transmissão:

  • Evite contato com pessoas com sintomas
  • Utilize luvas, máscaras, óculos de proteção e aventais ao cuidar de pacientes
  • Isolamento domiciliar em caso de suspeita ou confirmação da doença
  • Não compartilhe objetos pessoais
  • Higienize superfícies e roupas contaminadas

Tratamento

Não há um tratamento específico aprovado para a mpox até o momento. O manejo é baseado em:

  • Alívio dos sintomas
  • Prevenção de complicações
  • Acompanhamento clínico

A maioria dos casos é leve, mas pessoas com comorbidades, como no caso de Gutto, podem ter evolução grave.


Importante: Ao notar sintomas como febre, lesões na pele ou mal-estar, procure imediatamente uma unidade de saúde. O diagnóstico e o isolamento rápido são fundamentais para evitar a transmissão e complicações da mpox.