A ioimbina é um alcaloide natural extraído de uma planta nativa da África, utilizada não cientificamente para fins afrodisíacos. A partir de estudos e pesquisas científicas, a eficácia da substância foi reconhecida não somente por esses efeitos, mas também por auxiliar no emagrecimento e na boa performance esportiva. Apesar dos benefícios, é preciso ter cuidado ao ingerir a ioimbina, já que se trata de uma substância estimulante.
De acordo com a neurologia e médica clínica Fernanda Vasconcelos, a substância atua nos receptores alfa 2-adrenérgicos e, por isso, é vendida como medicamento sob prescrição médica por ser estimuladora da libido, da resistência física e ter um potente efeito de vasodilatação peniano, melhorando a ereção. Além de remédio, atualmente a substância é bastante frequente em alguns suplementos, já que funciona como um termogênico, acelerando a queima calórica.
“Na parte do emagrecimento, como ela bloqueia os receptores alfa 2-adrenérgicos, esses receptores classicamente estão relacionados à queima de gordura difícil naqueles lugares do abdômen inferior e nos culotes das mulheres. Ela inibe esses receptores e, portanto, ela facilita essa lipólise, a quebra de gordura, e viabiliza essa queima da gordura teimosa. No nosso corpo tudo é sistêmico. Então, esses receptores não estão só nas células de gordura, mas estão distribuídos nos nossos tecidos como um todo”, esclarece a doutora Fernanda.
Segundo a especialista em avaliação metabólica, esses receptores controlam também outros fatores vitais ao corpo humano, como a frequência cardíaca, a pressão arterial, podendo interferir na ansiedade e no sono. Por isso, a substância é contraindicada em pacientes que têm algum histórico de problema de saúde, tendo em vista a possibilidade de agravamento desse quadro.
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“Não é indicado para pessoas que têm pressão alta descontrolada, arritmias cardíacas, que sofrem de ansiedade generalizada sem tratamento, quem já tem um distúrbio do suor, a diaforese, pessoas que sofrem com insônia, principalmente pessoas que tem metabolismo lento. A ioimbina pode afetar pessoas que têm transtornos relacionados à glicose, como diabetes e hipoglicemia. Pessoas que têm alergias também. E o mais clássico são gestantes e lactantes porque não tem estudos que comprovem a segurança da ingestão dessa substância”, orienta a médica.
INDICAÇÕES
O melhor uso da ioimbina tem que estar alinhado com a prática de atividades físicas regulares, uma dieta balanceada e específica e ingerida em jejum pela manhã. Os benefícios envolvem maior termogênese, gasto calórico de 10 a 20% e a queima da gordura indesejada.
“As vantagens de usar ioimbina é realmente para esse público que faz exercício físico regular pela ativação metabólica. Ela promove de 10 a 20% por cento de gasto calórico, maior termogênese, isso ajuda a queima a gordura, melhorando a composição corporal. Além disso, por atuar nos receptores está associada a resistência física, fazendo com que as pessoas aguentem mais o treino e a levantar mais peso. Outro ponto importante é o aumento da sensação de energia e de estar alerta”, revela a Dra. Fernanda Vasconcelos.
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