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InfoGripe aponta aumento de SRAG em crianças no Pará

As duas doenças têm tratamento no SUS e devem ser diagnosticadas sempre por um médico

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As duas doenças têm tratamento no SUS e devem ser diagnosticadas sempre por um médico Foto: Divulgação

Divulgado nesta quarta-feira (12/7), o Boletim InfoGripe mostra predomínio da manutenção de queda nos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta na maioria dos estados e indícios de interrupção no aumento das ocorrências associadas ao vírus influenza A.

Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) segue como o principal vírus identificado. A análise, que tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 5 de julho, é referente à Semana Epidemiológica (SE) 26, período de 25 de junho a 1 de julho.

Em relação ao quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no agregado nacional, o estudo sinaliza queda nos novos casos na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de crescimento a de curto prazo (últimas três semanas).

De acordo com análise, cinco estados – Acre (AC), Amapá (AP), Goiás (GO), Pará (PA) e Rio Grande do Norte (RN) – apresentam sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo. O Boletim chama atenção que, no Acre, Amapá, Pará e Rio Grande do Norte, o crescimento recente está associado fundamentalmente às crianças. Em Goiás, no entanto, o indício de aumento de SRAG está presente tanto em crianças e adolescentes quanto na população a partir de 65 anos.

Entre as capitais, nove têm indícios de  crescimento de casos de SRAG. São elas: Belém (PA), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA). Na maioria delas, o sinal está presente principalmente nas crianças.

Embora a maioria dos estados tenha sinal de estabilidade ou queda no agregado populacional, o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta que o momento ainda exige cuidados. Gomes chama atenção que diversos estados das regiões Norte, Nordeste e Sul estão em situação de estabilidade em patamares elevados na população pediátrica.

“Tal cenário mantém a necessidade de atenção e ações para diminuição da transmissão de vírus respiratórios. As internações no público infantil manteve crescimento semana após semana durante um longo período e, mesmo tendo interrompido em alguns estados, mantém números expressivos de novas internações. Isso faz com que os leitos pediátricos continuem com alta demanda”, orienta.

No Amazonas, observa o pesquisador, verifica-se aumento recente nos casos de SRAG positivos para bocavirus entre crianças pequenas, doença que apresenta normalmente sintomas como rinorréia (secreção excessiva), tosse, febre e chiado. Em Santa Catarina, foi constatado casos positivos para rinovírus e metapneumovírus – um dos vírus mais frequente nas infecções do trato respiratório em crianças depois do VSR. Segundo o pesquisador, ainda assim, em ambos estados, o VSR mantém claro predomínio nessa faixa etária, como observado no resto do país.

Fonte: Agência Fiocruz de Notícias