Pesquisadores brasileiros anunciaram que um exame de sangue tem conseguido detectar a Doença de Alzheimer com até 90 % de precisão, representando um avanço significativo para o diagnóstico precoce da enfermidade.
O estudo, conduzido por cientistas no Brasil, indica que o biomarcador sanguíneo — ainda em fase de validação — consegue identificar indícios da doença em estágios iniciais, antes que os sintomas cognitivos se tornem evidentes.
Segundo a reportagem da agência, trata-se de uma “potencial revolução” para o setor de neurologia e geriatria, especialmente porque o método exige procedimento menos invasivo do que os exames tradicionais (como punção lombar ou neuroimagem avançada).
Por que isso importa
Diagnóstico precoce: Quanto mais cedo a Alzheimer for detectada, maiores as chances de intervenção eficaz, planejamento familiar e adoção de estratégias para desacelerar o avanço da doença.
Menor invasividade: Um exame de sangue é muito mais simples, acessível e barato comparado aos métodos convencionais, o que pode ampliar o alcance do diagnóstico.
Impacto social e econômico no Brasil: Com o envelhecimento da população, a Alzheimer tende a crescer em prevalência, e ferramentas mais acessíveis podem aliviar carga sobre famílias, sistema público e privadas de saúde.
Potencial para tratamentos futuros: Um diagnóstico confiável em estágio inicial facilita a inclusão de pacientes em ensaios clínicos ou terapias emergentes, aumentando a eficácia de novos tratamentos.
Apesar da promessa, os pesquisadores esclarecem que ainda há desafios importantes:
• O teste não substitui completamente outras avaliações clínicas nem neuroimagens no momento. É necessário verificar consistência dos resultados em populações maiores e diversas.
• A precisão de “até 90 %” pode variar conforme o estágio da doença, perfil do paciente, genética e comorbidades.
• Questões de regulamentação, custo-benefício, cobertura por sistemas públicos ou privados ainda devem ser definidas antes de adoção em larga escala.
• Fatores como rastreabilidade, ética no uso dos resultados e implicações psicológicas para pacientes diagnosticados precocemente exigem atenção.
O que vem pela frente
Os próximos passos incluem ampliar os estudos clínicos em diversos centros, validar o exame em população brasileira com características diversas (etnia, região, nível socioeconômico) e integrar esse tipo de teste ao fluxo clínico regular. Além disso, debates regulatórios e de política pública devem ocorrer para garantir que o exame seja seguro, eficaz e acessível.
Editado por Débora Costa