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Estudo aponta queda progressiva nas taxas de fertilidade

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No Pará, foram registrados 132.169 nascimentos, dos quais 122.165 ocorreram no ano de referência, 2023
No Pará, foram registrados 132.169 nascimentos, dos quais 122.165 ocorreram no ano de referência, 2023

Estudo publicado na revista britânica The Lancet analisa as taxas de fertilidade no mundo e aponta que, até o ano de 2100, apenas 6 (3%) entre 204 países terão níveis sustentáveis de nascimentos para reposição sustentável da população. O trabalho analisa os dados entre 1950 e 2021 e faz a projeção para 2050 e 2100. A pesquisa é fruto da parceria do grupo de estudo internacional chamado Global Burden of Diseases (Carga Global das Doenças). Integra a equipe o pesquisador do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco, Rafael Moreira.

A taxa de fertilidade considerada aceitável em nível de reposição populacional é de 2,1 filhos por mulher ao longo da vida. Em 1950, globalmente, o número era de 4,84, caindo para 2,23 em 2021. As projeções futuras apontam para 1,83 em 2050 e 1,59 em 2100.

“Estimativas e projeções de fertilidade são necessárias para planejar políticas que envolvam necessidades de recursos e cuidados de saúde, oferta de trabalho, educação, igualdade de gênero e planejamento familiar”, destacam os pesquisadores no artigo.

No Brasil, a taxa de fertilidade era de 5,93 filhos em 1950 e 1,93 em 2021. As expectativas futuras apontam queda, sugerindo 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100, abaixo da projeção mundial.

“As futuras taxas de fertilidade continuarão a diminuir em todo o mundo e permanecerão baixas mesmo sob a implementação bem-sucedida de políticas pró-nascimento. Estas mudanças terão consequências econômicas e sociais devido ao envelhecimento da população e ao declínio da força de trabalho”, aponta o artigo.

Fonte: Fiocruz Pernambuco