- Quais as causas mais comuns?
Se um paciente chegar ao pronto-socorro de um hospital após sofrer um apagão repentino, a primeira hipótese que o médico plantonista deve investigar são as doenças vasculares, quer dizer, algo no coração ou no cérebro. “A gente sempre tem que tentar descartar essas causas logo de cara, porque, se não forem tratadas rapidamente e assertivamente, podem levar a pessoa à morte”, diz o cardiologista.
Exames devem considerar a possibilidade de um infarto agudo no miocárdio, que é uma obstrução da artéria do coração, e de um acidente vascular cerebral (AVC), que interrompe o fluxo de sangue no cérebro.
Outras possibilidades são aneurismas, ou seja, dilatações e eventualmente o rompimento de vasos sanguíneos, e arritmias cardíacas, nas quais o coração bate mais rapidamente ou mais lentamente que o normal. Quadros convulsivos, como a epilepsia, também podem causar mal súbito.
Algumas pessoas apagam do nada. A maioria, no entanto, manifesta sintomas antes do mal-estar, nem que seja por alguns segundos antes de perder a consciência.
Os sintomas podem incluir:
- Dor intensa em alguma parte do corpo, como cabeça, peito ou abdômen;
- Tontura;
- Náusea;
- Visão turva ou dupla;
- Fraqueza generalizada;
- Suor frio;
- Formigamento em mãos e pernas;
- Dificuldade em realizar atividades cotidianas como falar ou andar.
Em casos mais graves, pode haver vômitos e incontinência urinária e fecal.
Independentemente da gravidade percebida, o mal súbito sempre deve ser tratado como uma emergência médica. “Mesmo situações aparentemente simples, como um breve desmaio em casa, necessitam de investigação médica”, aponta o cardiologista do Oswaldo Cruz. Castello enfatiza que a rapidez na busca por assistência é crucial, pois algumas causas, como arritmias cardíacas, podem se repetir a qualquer momento.
O mal súbito não faz distinção entre gêneros. No entanto, certas condições, como pressão arterial mais baixa em mulheres jovens, podem tornar esse público mais propenso a desmaios. Castello destaca que é importante manter a calma durante episódios de mal súbito, garantindo que o indivíduo afetado tenha espaço para respirar adequadamente: “Enquanto alguém acode quem está passando mal, outra pessoa deve acionar serviços de emergência, como o SAMU, ou buscar um carro para levar a pessoa ao hospital”.
(Com informações do site do hospital Oswaldo Cruz)