O apresentador Edu Guedes, de 50 anos, revelou neste domingo (6) que está enfrentando um câncer no pâncreas. A informação foi confirmada durante entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record TV. Ele afirmou que já iniciou o tratamento e passa bem, apesar do susto.
“Estou confiante na recuperação e cercado de ótimos profissionais”, declarou Edu, que seguirá afastado das gravações por tempo indeterminado.
Entenda o câncer de pâncreas
O câncer pancreático é conhecido pela dificuldade no diagnóstico precoce e pela alta taxa de mortalidade. Isso porque os sintomas costumam surgir apenas quando a doença já está em estágio avançado.
O pâncreas é um órgão vital localizado na parte superior do abdômen. Ele atua na produção de enzimas digestivas e hormônios como a insulina, essencial para o controle da glicose no sangue. Quando um tumor maligno se forma nessa região, a capacidade do corpo de digerir alimentos e equilibrar o açúcar pode ser rapidamente comprometida.
Sintomas mais comuns
Por ser uma doença de evolução silenciosa, os sintomas muitas vezes passam despercebidos ou são confundidos com outras enfermidades. Entre os principais sintomas estão:
- Dor abdominal persistente (podendo irradiar para as costas)
- Perda de peso repentina e sem causa aparente
- Fadiga intensa
- Icterícia (pele e olhos amarelados)
- Urina escura e fezes esbranquiçadas
- Náuseas e perda de apetite
Fatores de risco
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 10 mil casos de câncer de pâncreas são registrados por ano no Brasil. Os principais fatores de risco incluem:
- Tabagismo
- Obesidade
- Diabetes tipo 2
- Pancreatite crônica
- Histórico familiar da doença
- Exposição prolongada a produtos químicos (como os usados na indústria petroquímica e na agricultura)
Há ainda fatores genéticos que elevam o risco, como as mutações BRCA1 e BRCA2 — associadas também ao câncer de mama e ovário — e síndromes hereditárias, como a de Peutz-Jeghers.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico costuma envolver exames de imagem, como tomografia, ultrassom endoscópico e ressonância magnética, além da análise do marcador tumoral CA 19.9. A confirmação definitiva depende da biópsia do tecido pancreático.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o estágio do tumor. Nos casos iniciais, a cirurgia pode representar uma chance de cura — embora isso seja possível em apenas uma minoria dos pacientes. Já nos quadros avançados, o foco está em prolongar a vida e aliviar sintomas por meio de quimioterapia, radioterapia ou terapias-alvo.
Até o momento, a equipe médica de Edu Guedes não divulgou detalhes sobre o estágio da doença nem sobre o plano terapêutico adotado.