
Um pequeno ponto branco foi o início de uma história que mudou a vida do britânico Robin Hernon, de 62 anos, morador de Peterborough, na Inglaterra. Ao notar a mancha no pênis em agosto de 2023, o engenheiro elétrico recorreu à internet em busca de respostas e concluiu que se tratava apenas de uma verruga. O “diagnóstico” do chamado “Dr. Google” o fez adiar a ida ao médico por mais de um ano, tempo suficiente para o problema evoluir para um câncer de pênis. Quando finalmente buscou atendimento, em outubro de 2024, já era tarde: precisou passar por uma amputação parcial do órgão.
“Quando o especialista me disse que era câncer, eu só respondi: faça o que for preciso. Quero ver meus netos crescerem”, relatou Robin, que hoje encara a recuperação com leveza, apelidando o órgão de “mini-eu”.
A cirurgia foi realizada em junho, e, desde agosto, ele está livre da doença, mas segue em acompanhamento a cada quatro meses. Ele decidiu tornar público o caso para alertar outros homens sobre o perigo de ignorar sinais do corpo. “É coisa de homem não querer checar nada. Mas se algo não parece certo, vá ao médico. É melhor ouvir que está tudo bem do que deixar piorar”, reforça.
A Relação Entre Câncer de Pênis e Diagnóstico Tardio
O câncer de pênis é uma condição rara, mas pode ser tratado com sucesso quando diagnosticado precocemente. O risco aumenta em homens acima dos 50 anos, fumantes e portadores de HPV. Entre os sintomas mais comuns estão feridas, vermelhidão persistente, secreção e caroços. Especialistas alertam que o constrangimento ainda é um obstáculo para muitos pacientes, o que retarda o diagnóstico. O caso de Robin é um lembrete poderoso sobre os limites da informação digital: buscar conhecimento é válido, mas nenhum site substitui a consulta médica, especialmente quando o corpo dá sinais de que algo não vai bem.