Diego Monteiro
O mês de março foi escolhido para criar campanhas que visam trazer a mensagem sobre a importância do combate a discriminação contra pessoas que sofrem com o sobrepeso na pele, além de alertar sobre os riscos, possíveis tratamentos e incentivar a prática de exercícios físicos. Neste sábado, 4, por exemplo, é celebrado o Dia Mundial da Obesidade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas no mundo são consideradas obesas, das quais 65% são adultos, 34% adolescentes e 4% são crianças. A (OMS) estima ainda que, até 2025, aproximadamente 167 milhões de pessoas, entre crianças e adultos, ficarão menos saudáveis por estarem acima do peso ou obesas.
Portanto, diante dos dados, além da data, o assunto é comumente abordado na sociedade, pois a obesidade tem capacidade de reduzir a qualidade de vida e ser um dos motores para o agravamento de doenças como: diabetes, cardiovasculares, asma, gordura no fígado e até alguns tipos de câncer. Por tanto, o tratamento deve ser contínuo e iniciado o mais rápido possível e acompanhado por um especialista.
Neste caso, o aconselhável é que um um endocrinologista seja procurado o quanto antes, afirma o médico Rubens Tofolo. “A obesidade é uma doença crônica e apresenta como principal característica o acúmulo exagerado de gordura corporal, ideal para comprometer a saúde do indivíduo. Essa condição pode ser por dois fatores: consumo excessivo de calorias e falta de exercícios físicos”, afirmou.
O quê que acontece com o nosso corpo: nós viemos do ‘homo sapiens’, então o nosso DNA foi feito para que tenhamos uma baixa ingestão calórica e uma atividade física mais intensa, mas não é o que a gente vê no mundo moderno, pois o ambiente atualmente é obesogênicos, pois temos controle remoto, elevador, celular, delivery, então a gente não se exercita como antes”, completou o endocrinologista.
Como checar se está obeso
Segundo o especialista, a obesidade pode ser determinada por uma série de métodos, sendo o mais popular o Índice de Massa Corporal, conhecido também como IMC. Funciona da seguinte forma: divide-se o peso de uma pessoa em quilogramas pelo quadrado da sua altura em metros, ou seja, uma pessoa é considerada obesa se o resultado do IMC for igual ou maior a 30 kg/m2.
“Vale ressaltar que, este método possui algumas limitações, pois não necessariamente ele está correlacionado a quantidade de gordura corporal. Há outros pontos que precisam ser checados com atenção, como a presença de gordura visceral, fator de risco para várias doenças, portanto, é fundamental que outros métodos de avaliação sejam considerados”, frisou Rubens.
Fique calmo, há tratamentos clínicos
Já em relação ao tratamento no Brasil, o médico chama atenção para a falta de alternativas disponíveis no país, principalmente para a população mais carente. Rubens evidenciou a realidade: se um paciente procura o Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar obesidade, o único gratuito que existe é a bariátrica, um procedimento invasivo.
No entanto, há tratamentos clínicos para a doença. “Sabemos que o órgão alvo de estudos é o intestino, pois o órgão possui em torno de 11 hormônios que produzem saciedade, então para isto é usado medicamentos que muitas das vezes é o equivalente a uma bariátrica, sendo que nos próximos dez anos a bariátrica nem será necessária mais. Lembre-se, procure um médico”, orientou Rubens.