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Pré - Carnaval da Cidade Velha. Foto: Alessandra Serrão Ag. Belém
Pré - Carnaval da Cidade Velha. Foto: Alessandra Serrão Ag. Belém

Wesley Costa

Segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o número de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) em jovens e adultos paraenses, continuam em alta na faixa etária dos 20 aos 34 anos. De acordo com o órgão, os números preocupam mais ainda após o período de Carnaval, quando doenças como HIV e sífilis vem registrando um aumento desde 2019.
No ano passado, dos 236 casos de HIV registrados durante o mês de abril, 126 pessoas integravam a faixa etária. No caso das notificações para o vírus da sífilis que somaram 321 ocorrências, 155 pessoas que contraíram a doença também tinham entre 20 e 34 anos. Por isso, é importante tomar os cuidados e se prevenir, já que essas doenças podem causar danos permanentes à saúde e aumentar o risco de outras.
A coordenadora estadual de IST/Aids, Andréa Miranda, afirma que a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) desenvolve estratégias e um trabalho frequente com orientações, para evitar que novos casos de doenças sexualmente transmissíveis sejam registrados entre os paraenses, devido a esse período de maior folia.
“A Sespa vem realizando parcerias com os 144 municípios, em especial, os que tradicionalmente possuem as festas de Carnaval e que recebem foliões. A rede de apoio vem como reforço aumentando a distribuição de preservativos, uma forma de prevenção de mais fácil acesso à população, além dos testes rápidos para detecção de novos casos. Na capital, além destes métodos de prevenção, iremos oferecer autoteste para HIV à população que frequentará os dias de folia no circuito Mangueirosa”, contou.

PREVENÇÃO
As orientações para prevenir esse tipo de doenças são bastante conhecidas. “A combinação das prevenções é a forma mais eficaz para todas as ISTs. Além do uso do preservativo que é uma medida segura e eficaz de proteção durante as relações sexuais, o SUS oferta de forma gratuita prevenções através de medicamentos, sendo as principais: a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que previne antes que ocorra a exposição, e a Profilaxia Pós Exposição (PEP), medida de prevenção de urgência para ser utilizada em até 72 horas, após uma situação de risco de infecção”, lembrou Andréa.
A coordenadora ressaltou ainda que a Sespa desenvolve um trabalho mais a fundo de orientação com os jovens. “As ações ocorrem através do Programa Saúde na Escola (PSE)/ Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), que leva informações sobre educação sexual de forma simples e didática a este público. Além disso, o TerPaz oferta ações em saúde itinerante, assim como as Usinas da Paz com ações em saúde, cursos e outros serviços destinados a este público”, disse.

ORIENTAÇÕES E CUIDADOS

Se você vai cair na folia, algumas orientações devem ser tomadas à risca para evitar qualquer tipo de infecção. “O Carnaval é época de diversão, entretanto, é necessário que seja com segurança, responsabilidade e respeito para si e com o próximo. É fundamental incentivar a prevenção combinada, inclusive, nas relações orais, já que a boca e a saliva transmitem fungos, vírus e bactérias. Além disso, evite compartilhar objetos pessoais como instrumentos de manicure, pinças, aparelhos de depilação entre outros”, destacou Andréa Miranda, coordenadora estadual de IST/Aids.

Para as pessoas que se expuseram aos riscos e que desconhecem a situação diagnóstica do (a) parceiro (a) a coordenadora diz: “É recomendado que procurem preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e, no máximo, em até 72 horas, os Serviços de Atendimento Especializados (SAE), UPAS e Prontos Socorros para realizar o Protocolo de Pós-exposição (PEP). A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa exposta deve ser acompanhada pela equipe de saúde durante todo esse período”, orientou.

A Sespa também incluiu na sua campanha de prevenção orientações sobre a transmissão do vírus monkeypox. “Embora não seja uma IST, há um link com essas infecções, então a melhor forma de prevenção é evitar o contato íntimo com pessoas que tiveram suspeita, que confirmaram diagnóstico ou pessoas que tenham lesões na pele, além da higienização das mãos com frequência”, finalizou Andréa Miranda.