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Creatina: médica esclarece 5 mitos e verdades sobre o suplemento

Médica-cirurgiã Nathalia Allende, especialista em Medicina Esportiva e Terapia Hormonal, explica sobre o suplemento.

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Foto: Divulgação
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Apesar de ser considerada um dos suplementos mais seguros e pesquisados da atualidade, a creatina ainda é cercada por dúvidas e informações desencontradas — tanto entre praticantes de atividades físicas quanto entre pessoas que não treinam.

Para esclarecer os principais equívocos sobre o tema, a médica-cirurgiã Nathalia Allende, especialista em Medicina Esportiva e Terapia Hormonal, a convite da Soldiers Nutrition, lista cinco mitos e verdades sobre o uso da substância.

1. Creatina engorda?

Mito. Segundo a especialista, o que ocorre é uma retenção de água dentro da célula muscular nas primeiras semanas de uso, o que pode gerar um aumento de peso na balança — geralmente entre 1 e 2 kg. “Essa retenção é intramuscular e relacionada ao efeito osmótico da creatina, sem ligação com acúmulo de gordura ou inchaço corporal”, explica.

2. A creatina faz mal aos rins?

Mito. Em indivíduos saudáveis, não há evidência científica de que a creatina cause danos renais. Estudos, como os publicados no Journal of the International Society of Sports Nutrition, confirmam a segurança da substância. “O aumento da creatinina observado em exames é apenas uma consequência natural do metabolismo da creatina, não um indicativo de insuficiência renal”, diz Nathalia.

3. É indicada apenas para quem busca hipertrofia?

Mito. Embora amplamente usada por quem deseja ganhar massa muscular, a creatina oferece benefícios que vão além da estética. Ela contribui para o desempenho cognitivo, especialmente entre idosos e vegetarianos, além de atuar positivamente em casos de doenças neuromusculares, como Parkinson. “O suplemento melhora o fornecimento de energia às células, inclusive do cérebro”, afirma.

4. Precisa ser consumida com carboidrato?

Parcialmente verdade. A absorção da creatina pode ser potencializada quando ingerida com carboidratos, mas o mais importante é a regularidade. “O uso diário e contínuo é o que garante os benefícios. O horário ou o tipo de bebida usada para diluir o suplemento tem impacto secundário”, explica a médica.

5. É segura para uso prolongado?

Verdade. Organizações internacionais como a ISSN (International Society of Sports Nutrition) e a EFSA (Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos) atestam a segurança do uso contínuo da creatina. “Não é necessário fazer ciclos nem interromper o uso. Pelo contrário, a constância ajuda a manter os estoques musculares elevados e os efeitos positivos duradouros”, reforça Nathalia.

Conclusão

Com respaldo científico robusto, a creatina segue sendo uma das opções mais eficazes e acessíveis da suplementação. “Informação correta é fundamental para combater os mitos. Usada de forma responsável, a creatina é uma aliada poderosa para atletas e também para quem busca saúde e qualidade de vida”, conclui a médica.