IMUNIZAÇÃO SALVADORA

Covid-19: Há 4 anos, vacina salvou vidas e ajudou a virar o jogo na pandemia

Conheça a história da vacinação contra a Covid-19 no Pará. Saiba como as primeiras doses foram aplicadas e como ela se mostrou eficaz.

Conheça a história da vacinação contra a Covid-19 no Pará. Saiba como as primeiras doses foram aplicadas e como ela se mostrou eficaz.
Conheça a história da vacinação contra a Covid-19 no Pará. Saiba como as primeiras doses foram aplicadas e como ela se mostrou eficaz.. Foto: Ricardo Amanajás / Diario do Pará.

Um marco histórico na saúde paraense completou quatro anos neste mês. No dia 19 de janeiro de 2021 foi aplicada a primeira dose contra a Covid-19 no estado do Pará, na enfermeira Shirley Cuimar Cruz Maia, na época com 39 anos. Logo após, a técnica de enfermagem Marielza da Silva Monteiro, com 57 anos naquele mês, também recebeu a primeira dose da CoronaVac. As duas profissionais atuaram na linha de frente no combate a pandemia, no Hospital de Campanha de Belém.

Ao longo deste tempo, a vacinação se mostrou eficaz para combater os efeitos graves da doença, evitando mortes e outras complicações, sendo uma importante arma contra o coronavírus. De acordo com o Sistema de Monitoramento Estadual da Covid-19, o Pará registrou 12.630 casos de covid-19 em 2024, com 95 óbitos. Neste ano de 2025, até o último dia 15, o Estado tinha registrado ao menos 133 casos da doença e cinco óbitos.

A médica infectologista do Hospital Guadalupe, Andréa Beltrão, ressalta que o surgimento da vacina contra o coronavírus foi em tempo recorde, marcando o avanço das tecnologias na produção de imunizantes. “Realmente, nunca se imaginou conseguir uma vacina potente, boa e em tão pouco tempo”, comenta. “Os números (de casos) reduziram, a mortalidade reduziu. Então, embora tenha sido um tempo muito curto para liberar uma vacina, foi eficaz. O mundo está mudando muito rápido, então as coisas têm que ser muito rápidas. Não pode ser demorado prevenir uma doença tão fatal como foi essa”.

A médica infectologista do Hospital Guadalupe, Andréa Beltrão, ressalta que o surgimento da vacina contra o coronavírus foi em tempo recorde
A médica infectologista do Hospital Guadalupe, Andréa Beltrão, ressalta que o surgimento da vacina contra o coronavírus foi em tempo recorde

O período de inverno amazônico merece uma atenção especial. Isso porque, de acordo com a infectologista, no período chuvoso, onde em geral ocorre uma maior aglomeração de pessoas e mudanças rápidas de temperatura, é de se esperar o aumento das síndromes respiratórias, dentre elas a Covid-19.

“Por esse motivo é muito importante manter a caderneta de vacinação em dia. Existem novas variantes. Então, precisamos nos proteger todo ano, mesmo que eu faça todas as medidas preventivas para evitar o contágio, eu tenho que deixar a minha carteira de vacinação em dia”.

Ainda segundo Andréa Beltrão, a melhor forma de aumentar a cobertura vacinal é realizando campanhas. “Campanhas mostrando os números, com o antes e o depois da vacina, como reduzir o número de casos, o número de óbitos. Só que essa campanha também tem que ser organizada. A quantidade de vacinas tem que ser adequada à quantidade de gente. Então, acho que tem que realmente ter um empenho amplo nisso para que a gente consiga vacinar o maior número de pessoas possíveis”.

Vacinação em Belém: saiba quem pode ser imunizado

  • A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) informa que recebeu ontem (28), uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19 para adultos. A distribuição para os postos de saúde começa a partir desta quarta-feira (29), e na quinta-feira (30), a população pertencente aos grupos prioritários, conforme definidos pelo Ministério da Saúde, poderá procurar o imunizante na unidade de saúde mais próxima de sua residência.
  • Segundo a Sesma, a vacinação contra a Covid-19 é destinada exclusivamente aos grupos prioritários, como crianças, idosos (uma dose a cada 6 meses), gestantes (uma dose durante cada gravidez) e puérperas (uma dose até 45 dias após o parto); além de outros grupos prioritários, como pessoas com comorbidades, que devem receber o reforço anual.
  • Para receber o imunizante, os grupos prioritários devem apresentar RG, carteira de vacinação, CPF ou cartão SUS. Para os demais grupos prioritários (exceto idosos e gestantes), é necessário apresentar documento comprobatório da condição de saúde.