RIO (AG) – Adicionar apenas uma colher de azeite à sua dieta todos os dias pode trazer poderosos benefícios à saúde, como diminuir o risco de morte relacionada à demência, segundo novo estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores combinaram os resultados de pesquisas com enfermeiros e profissionais de saúde realizadas nas décadas de 1970 e 1980. Todos estavam livres de doenças cardíacas e câncer quando os inquéritos introduziram pela primeira vez perguntas sobre o consumo de azeite em 1990.
Nos anos que se seguiram, 4.751 dos 92.383 participantes selecionados morreram de causas relacionadas com a demência.
Os investigadores descobriram que os adultos que consumiam regularmente mais de 7 gramas de azeite por dia (cerca de meia colher de sopa) tinham 28% menos probabilidade de morrer de doenças relacionadas à demência em comparação com aqueles que nunca ou raramente consumiam azeite.
“O azeite pode exercer efeitos anti-inflamatórios e neuroprotetores devido ao seu alto teor de ácidos graxos monoinsaturados e outros compostos com propriedades antioxidantes, como vitamina E e polifenóis”, explica Anne-Julie Tessier, nutricionista da Universidade de Harvard em seu artigo.
“Nosso estudo reforça as diretrizes dietéticas que recomendam óleos vegetais, como o azeite de oliva, e sugere que essas recomendações não apenas apoiam a saúde do coração, mas também potencialmente a saúde do cérebro”, completou Tessier. “Optar pelo azeite, um produto natural, em vez de gorduras como margarina e maionese comercial, é uma escolha segura e pode reduzir o risco de demência fatal.”
Entretanto, o estudo tem algumas limitações. Para críticos, a pesquisa não prova uma relação causal, mas sim uma associação. Por exemplo, não é possível afirmar que é o azeite que traz o benefício e não o abandono da manteiga, por exemplo. Suas vantagens também poderiam estar parcialmente associadas à própria dieta mediterrânea.
Pesquisas anteriores já indicaram que o azeite é útil para a saúde do coração, cérebro, ossos e muito mais. Os resultados foram publicados no periódico JAMA Network Open.