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Confira quais são os sinais e tratamento da doença de Parkinson

Dois estudos realizados por pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia em São Francisco mostraram evidências favoráveis ao dispositivo.
Dois estudos realizados por pesquisadores americanos da Universidade da Califórnia em São Francisco mostraram evidências favoráveis ao dispositivo. FOTO: Freepik

Ana Laura Costa

Há aproximadamente 4 milhões de pessoas com a doença de Parkinson, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos e 6% aos 85 anos de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o médico neurologista Antônio de Matos, os primeiros sinais da doença são a dureza da movimentação do corpo, lentidão e dificuldade de locomoção, e instabilidade postural.

Matos ressalta ainda que, no início, estes são os principais sinais. Contudo, com o avançar da doença de Parkinson, podem haver outros sintomas como alteração da sensibilidade e disfunção autonômica. “Há alterações no hábito intestinal, no sistema nervoso e, em quadros moderados e avançados, comprometimento cognitivo, quadro amnésico, assim como desatenção e dificuldade em executar tarefas diárias”, explica.

Ainda de acordo com o profissional, o diagnóstico é realizado a partir de exames complementares como ressonância magnética, estudos funcionais do cérebro e genéticos, se possível. “O diagnóstico é sumariamente clínico em que, caso a pessoa apresente sinais de alarme, pelos 50 anos, na fase inicial da doença, por exemplo, realiza exames complementares como neurológicos”, ressalta.

Antônio de Matos salienta que a doença não é hereditária. “Tem componente genético, mas em 90% dos casos não é relacionada à herança genética. Pode sim ser passado, mas é incomum, atípico na medicina”. A doença de Parkinson não tem cura, mas tem tratamento. Para combater os sintomas, medicamentos e, em alguns casos, a cirurgia, além da fisioterapia e terapia ocupacional, são aliados.

No caso do tratamento medicamentoso, o médico neurologista destaca que a dopamina é a base do processo. “Então, o paciente se expõe ao tratamento medicamentoso via oral que vai tratar os sintomas. No entanto, a reabilitação física com a terapia ocupacional é necessária a todos os pacientes, é uma cooperação”, diz.

“Quanto mais reabilitação fizer, menor vai ser o impacto da doença; e o aumento na qualidade de vida. O tratamento muda o curso da doença, sem dúvida”, completa o médico neurologista.