Seja por causa da má postura ou das tensões do dia a dia, é cada vez mais comum ouvir alguém reclamando de dores na coluna vertebral, pescoço e outras disfunções musculoesqueléticas. Entre os tratamentos que ganham espaço no alívio dessas queixas, está a quiropraxia, que tem se destacado por utilizar ajustes manuais para restaurar o alinhamento corporal, prometendo alívio rápido.
Conforme o fisioterapeuta Dionatan Vinchiguerra, pós-graduado em quiropraxia, a prática é voltada para o sistema nervoso central e atua especialmente sobre a coluna vertebral. “Cada disparo que a gente gera em cada articulação, principalmente na coluna, manda um choque de informação para o cérebro, no qual auxilia e as distribui, fazendo com que haja uma correção por completa da articulação que esteja com alguma limitação, rotação ou subluxação”, explica.
“É um tratamento indolor”, garante. Está associado ao alívio de tensões musculares, recuperação de lesões esportivas e acidentes, auxílio em problemas de locomoção, diminuição das dores da fibromialgia e na reeducação da postura, por exemplo. De forma prática, o profissional localiza desalinhamentos e utiliza as mãos ou instrumentos específicos para fazer ajustes pontuais.
Vinchiguerra esclarece que, no Brasil, a quiropraxia não é uma graduação como nos Estados Unidos – de onde o método foi aprimorado –, mas uma especialização voltada exclusivamente para fisioterapeutas. Isso diferencia a prática de outras técnicas, como a osteopatia e a fisioterapia convencional.
Quiropraxia e fisioterapia: entenda as diferenças
“A fisioterapia engloba várias áreas, aspectos, técnicas, e proporciona vários tipos de ferramentas; a quiropraxia é uma especialização dentro da fisioterapia, voltada principalmente para a terapia manual. Já a osteopatia tem técnicas parecidas, mas mecanismos e formas de aplicação diferentes”.
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A técnica é indicada para pessoas de todas as idades, desde bebês até idosos. Porém, há contraindicações importantes: pacientes com câncer e aqueles com condições de hipermobilidade articular. “No caso do câncer, o estímulo ao sistema nervoso central auxilia na produção de mais informações e isso acaba aumentando as células cancerígenas. Já em pessoas com hipermobilidade, o risco de lesão é alto”, afirma.
Aplicações da quiropraxia
As queixas mais comuns tratadas nos consultórios são as condições advindas da coluna, como hérnia de disco, escoliose e ciatalgia (inflamação no nervo ciático). “O tempo de resposta depende de cada quadro; mas, por exemplo, um paciente com ciático inflamado costuma ter melhora significativa em até cinco sessões”, comenta.
Além disso, Dionatan destaca que a técnica é cada vez mais respaldada. “Ela tem ganhado espaço não só no mercado, mas também na ciência. Aplicamos a técnica e o paciente já sai melhor, com melhora ainda maior após o período de adaptação do corpo”.
Uma vantagem é que não há necessidade de encaminhamento médico para buscar atendimento. A técnica auxilia antes de qualquer tratamento, na prevenção. Na presença de algum sintoma, fazer uma correção de desalinhamentos, a orientação é clara: “O fisioterapeuta é o único profissional autorizado a trabalhar com quiropraxia no Brasil. Ele fez graduação, depois pós-graduação, e está preparado para cuidar da sua coluna com segurança. Profissionais não habilitados mancham a imagem da quiropraxia e colocam em risco a saúde dos pacientes”, alertou.
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