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Confira 10 passos para eliminar focos do mosquito da dengue

Ministério da Saúde convoca a população para o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti
Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.
Ministério da Saúde convoca a população para o enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti Foto: Wagner Almeida / Diário do Pará.

Overão é um período de intensas chuvas e altas temperaturas. Essa combinação, agravada pelos efeitos das mudanças climáticas e do fenômeno El Niño, torna a época favorável para o aumento da reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue, chikungunya e zika.

O cuidado para eliminar os focos do mosquito em casa tem de existir durante todo o ano, mas precisa ser intensificado neste período. A recomendação é não dar espaço para a proliferação do Aedes. Recipientes contendo água, grandes como caixas-d’água ou pequenos como uma tampinha de refrigerante, podem ser criadouros de larvas do mosquito. É preciso que cada cidadão esteja atento aos riscos e vistoriem, semanalmente, suas casas.

Algumas medidas simples podem ser implementadas na rotina. Confira 10 passos que ajudarão a você proteger sua família contra o mosquito vetor:

1) Tampe caixas d’água, ralos e pias;

2) Higienize bebedouros de animais de estimação;

3) Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água;

4) Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão;

5) Limpe as calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;

6) Coloque areia nos vasos de plantas;

7) Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua;

8) Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;

9) Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;

10) Receba bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.

Cuidados individuais

O Ministério da Saúde também recomenda as seguintes medidas de proteção individual:

  • Proteger as áreas do corpo em que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
  • Usar repelentes à base de DEET (N N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo uma das três substâncias acima são seguros para o uso durante a gravidez, quando aplicados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia;
  • A utilização de mosquiteiros sobre a cama, a instalação de telas em portas e janelas e, quando disponível, o ar-condicionado também são recomendados.

Fique atento!

  • Em caso de febre, dor de cabeça, dores atrás dos olhos ou no corpo, náuseas e manchas na pele, procure imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa.
  • Não faça uso de medicamentos sem conhecimento médico. Em caso de dengue, o uso inadequado de certos remédios pode agravar o quadro de saúde.

Vacinação

O ministério definiu a estratégia de vacinação contra a dengue no Brasil. Porém, neste primeiro momento, as doses da vacina são limitadas ao grupo de pessoas na faixa etária de 10 a 14 anos. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao país no dia 20 de janeiro. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela fabricante.

“A vacina é mais uma tecnologia, mas não podemos abrir mão dos outros cuidados com a doença. Ao longo dos anos, o Brasil continuará em busca de mais imunizantes e esperamos que outros produtores possam contribuir”, destaca o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti.

Ministério da Saúde