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“Cialis do treino”: uso perigoso da tadalafila preocupa especialistas nas academias

O uso prolongado e sem supervisão médica pode resultar em problemas cardiovasculares severos, como infarto e AVC, além de efeitos adversos como priapismo e lesões oculares.

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A tadalafila, medicamento originalmente criado para tratar disfunção erétil, tem ganhado popularidade entre jovens e adultos saudáveis como um “pré-treino” nas academias. Movidos pela busca por resultados rápidos e influenciados pelas redes sociais, muitos usam a substância sem qualquer orientação médica — especialmente pessoas com menos de 30 anos, que não apresentam disfunção erétil, segundo dados recentes.

O que chama atenção é o efeito vasodilatador da tadalafila, que aumenta temporariamente o fluxo sanguíneo e provoca a sensação conhecida como “pump” — músculos mais cheios e vascularizados durante o exercício. Embora essa aparência seja atraente, o benefício é apenas estético e momentâneo, sem comprovação científica de ganho real de massa muscular.

Especialistas destacam que não há evidências de que a tadalafila melhore a performance física ou o desenvolvimento muscular. Estudos com atletas indicam que o uso antes do treino não impacta significativamente o desempenho. A popularização do uso indevido do medicamento está mais ligada a modismos da internet do que a fundamentos científicos.

Riscos e Consequências do Uso Indevido de Tadalafila

Além da ausência de benefícios reais, os riscos à saúde são concretos. O uso indiscriminado pode causar dores de cabeça, queda da pressão arterial, congestão nasal, dores musculares e alterações visuais. Em treinos intensos, os efeitos colaterais podem agravar-se, com relatos de taquicardia, desmaios e arritmias. O risco aumenta ainda mais quando combinado com outras substâncias estimulantes, podendo levar a complicações graves.

Outro problema grave é a dependência psicológica: alguns usuários passam a acreditar que só terão bom desempenho sexual ou físico utilizando a tadalafila, criando um ciclo de insegurança e uso contínuo sem necessidade clínica. O uso prolongado e sem supervisão médica pode resultar em problemas cardiovasculares severos, como infarto e AVC, além de efeitos adversos como priapismo e lesões oculares.

A Influência da Mídia e a Cultura dos Atalhos

Na cultura pop e nas redes sociais, a tadalafila vem sendo banalizada e associada a performance e virilidade. O aumento expressivo das vendas, especialmente de genéricos, impulsionado pela facilidade de acesso e pela venda sem receita, reforça essa tendência preocupante.

Esse cenário alimenta uma “cultura de atalhos” nas academias, onde a pressa por resultados imediatos leva ao uso de medicamentos perigosos e ineficazes, em vez de priorizar alimentação adequada, descanso e treino estruturado.

Alternativas Seguras e Considerações Finais

Especialistas reforçam que o caminho seguro é investir na regularidade dos treinos, manter hábitos saudáveis e buscar orientação profissional. Técnicas naturais presentes na alimentação e rotina de exercícios podem proporcionar efeitos estéticos temporários semelhantes, sem riscos à saúde.

Em resumo, o uso da tadalafila como pré-treino é uma moda sem respaldo científico que coloca a saúde em perigo. Medicamentos não são suplementos, e o que parece inofensivo hoje pode trazer consequências graves no futuro.