DESIDRATAÇÃO EXTREMA

Caso Juliana Marins: Por quanto tempo o corpo humano resiste sem comida ou água?

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Turismo de aventura exige preparo: morte de brasileira reacende debate sobre segurança em trilhas
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A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira, 24, em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia. Ela caiu da borda da cratera de um vulcão na madrugada de sábado, 21, mas as equipes de resgate só conseguiram chegar até ela dias depois. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas Julina enfrentou quatro dias sem abrigo, forte variação climática e falta de alimento ou água. A situação trágica enfrentada pela jovem levanta um questionamento: por quanto tempo uma pessoa pode ficar sem beber e comer?

Para dar a resposta, é preciso levar em conta o nível de hidratação e o corpo do indivíduo, se mais magro ou mais gordo. “Em geral, um corpo aguenta até no máximo quatro dias sem água, em uma situação onde não estamos colocando uma região de deserto, com altas temperaturas. No sol e em um ambiente seco, o tempo pode diminuir para dois dias”, explica o nutricionista Fernando Leite. No caso da jovem brasileira, as condições do local podem ter ocasionado problemas renais, superaquecimento do corpo e problemas de circulação, o que acelerou a desidratação. 

Quando se trata de ausência de comida, as pesquisas apontam que o corpo é um pouco mais resiliente. “A gente sabe que o corpo aguenta entre 40 até 45 dias sem comer nada e ainda assim ficar saudável. Nesse período, a gente tem a queima de reservas. A primeira é o glicogênio hepático”, pontua Leite. Em seguida, vem o estoque de glicogênio muscular, e depois a gordura corporal. Assim, o corpo “queima todas as fontes que guardam energia, em 35 ou 45 dias, isso pode variar”, frisa o nutricionista. 

Fernando Leite
Fernando Leite, nutricionista

Dicas para trilhas e turismo de aventura

O profissional também faz um alerta para quem tem o hábito de fazer trilhas ou turismo de aventura. “Quem faz caminhada em um local onde não tem tanto conhecimento, uma das dicas principais é levar comida rápida para um caso de uma emergência, por exemplo, barra de cereal e barra de proteína”. Em locais de calor extremo e regiões desertificadas, é “importante levar bebidas que tem eletrólitos, como Gatorade, que auxilia na desidratação”. Há outras opções de bebidas isotônicas e também as pílulas de sal, que ajudam a prevenir a desidratação e problemas como cãibras e fadiga. As frutas também podem ser aliadas para ajudar no trajeto. 

Resgate do corpo de Juliana Marins

O corpo de Juliana Marins foi resgatado nesta quarta-feira, 25, da cratera do Monte Rinjani pelas equipes de socorro da Indonésia. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), em entrevista a uma emissora de TV local. O pai de Juliana, Manoel Marins, fez uma homenagem para a filha em suas redes sociais.

“No início deste ano [ela] nos disse que faria esse mochilão agora enquanto era jovem e nós a apoiamos. Quando lhe perguntei se queria que lhe déssemos algum dinheiro para ajudar na viagem, você nos disse: jamais. E assim você viajou com seus próprios recursos que ganhou como fruto do seu trabalho. E como você estava feliz realizando esse sonho. E como nós ficamos felizes com a sua felicidade. Você se foi fazendo o que mais gostava e isso conforta um pouco o nosso coração”, finalizou.