O mês de dezembro é marcado pela campanha Dezembro Laranja, promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que visa conscientizar a população sobre o câncer de pele e a importância da prevenção contra a doença, sendo o tipo de câncer mais comum entre os brasileiros.
De acordo com a SBD, o câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e pode ser subdividido em três tipos: carcinoma basocelular (CBC) – que responde por 80% dos casos de câncer de pele não melanoma – carcinoma escamoso (CEC) e melanoma.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele não melanoma, o tipo mais agressivo do câncer de pele, é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Contudo, o câncer da pele não melanoma tem baixa letalidade e pode ser curado com facilidade se detectado precocemente.
A médica dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Pará (SBD-PA), Heliana Góes, alerta que no Pará, há uma estimativa de dois mil casos de câncer de pele entre os anos de 2024 e 2025. Ela conta que quanto maior a incidência de radiação solar, maior o risco de exposição da pele e a ocorrência de mutações. “O tratamento na maioria dos casos é cirúrgico, vai ser curativo. Mas, quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura. O diagnóstico é feito por meio de um exame clínico e de uma biópsia da lesão”, afirma.
Para um diagnóstico precoce, é importante estar atento às alterações na pele, como o aparecimento de lesões ou novas manchas, assim como mudanças em manchas já existentes. Sobre a prevenção, Heliana Góes orienta ser fundamental evitar exposição solar de 9h às 15h, utilizar filtros solares e roupas adequadas para a proteção como chapéus, óculos escuros e blusas com mangas para evitar queimaduras.
Segundo ela, há dois públicos com mais risco de desenvolver a doença, que são pessoas de pele clara e trabalhadores agrícolas. “Portanto, mesmo neste clima de inverno amazônico, com chuva ou não, não tem como dispensar o protetor solar e ele deve ser aplicado a cada três a quatro horas”, ressalta.
MAIORES RISCOS
CÂNCER DE PELE
l Ter alguém na família que tem ou já teve câncer de pele
lTer tido muitas queimaduras de sol durante a vida, daquelas que deixam a pele muito avermelhada ou ardendo
lTer muitas sardas ou pintas pelo corpo
lTer pele muito clara
lJá ter tido câncer de pele
lTer mais de 65 anos
Fonte: SBD e INCA