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Bactérias resistentes a antibióticos podem causar 39 milhões de mortes até 2050

Um relatório publicado nesta terça-feira (8) acendeu um novo alerta global sobre a ameaça crescente das bactérias resistentes a antibióticos.

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Um relatório publicado nesta terça-feira (8) acendeu um novo alerta global sobre a ameaça crescente das bactérias resistentes a antibióticos.
Um relatório publicado nesta terça-feira (8) acendeu um novo alerta global sobre a ameaça crescente das bactérias resistentes a antibióticos.

Um relatório publicado nesta terça-feira (8) acendeu um novo alerta global sobre a ameaça crescente das bactérias resistentes a antibióticos. Segundo o estudo, essas chamadas “superbactérias” podem ser responsáveis por até 39 milhões de mortes anuais até 2050, caso nenhuma medida efetiva seja tomada.

A pesquisa foi conduzida pelo Grupo de Liderança Global em Resistência Antimicrobiana, iniciativa apoiada por governos e organizações internacionais de saúde, e destaca que o problema afeta principalmente países de baixa e média renda, onde o acesso ao diagnóstico e a tratamentos adequados é limitado.

O relatório estima que a resistência antimicrobiana (RAM) já esteja relacionada a quase 5 milhões de mortes por ano atualmente, sendo 1,3 milhão diretamente atribuídas à falha dos antibióticos em combater infecções. As projeções para as próximas décadas são ainda mais preocupantes.

Riscos e impactos globais

As superbactérias são microrganismos que evoluíram para resistir aos efeitos dos antibióticos mais comuns, tornando infecções simples, como pneumonia ou infecções urinárias, potencialmente fatais. O uso excessivo e inadequado de antibióticos na medicina humana, na agropecuária e na indústria é apontado como o principal fator para o aumento dessa resistência.

O documento também aponta impactos econômicos significativos, incluindo a sobrecarga dos sistemas de saúde, perdas na produtividade global e aumento da pobreza, especialmente em regiões vulneráveis.

Soluções e recomendações

Entre as ações urgentes sugeridas pelo relatório estão o investimento em pesquisas, o desenvolvimento de novos medicamentos, a ampliação do acesso ao diagnóstico precoce e o uso responsável de antibióticos. O grupo também recomenda que governos tratem a resistência antimicrobiana como uma prioridade de saúde pública e adotem políticas coordenadas de enfrentamento.

“Estamos diante de uma crise silenciosa, mas com potencial catastrófico. A resistência aos antimicrobianos é uma das maiores ameaças à saúde global”, alertaram os autores do estudo.