Cintia Magno
Dependendo de sangue para realizar a maturação dos ovos que darão vida aos seus descendentes, o mosquito Aedes aegypti pode interferir de forma muito negativa na vida humana durante uma das fases de seu ciclo reprodutivo. Responsável por transmitir vírus como os causadores de doenças como a dengue, a Zika e a febre Chikungunya ao homem através da saliva, a presença do mosquito é motivo de preocupação em saúde pública.
De acordo com a edição de número 9 do Informe Semanal do Centro de Operação de Emergências (COE) do Ministério da Saúde, desde o início deste ano até a 14ª Semana Epidemiológica, que encerrou em 6 de abril de 2024, o país acumulava 1.460,6 casos de dengue por 100 mil habitantes e 1.117 óbitos confirmados pela doença. Considerando o cenário geral do país, observa-se que desde a Semana Epidemiológica 9 (que iniciou em 25/02/2024), a região Sudeste é a que possui maior coeficiente de incidência da doença, seguida pelo Centro-Oeste. Desde 11 de fevereiro, a região Norte vem se mantendo como a região com a menor incidência de dengue no país (considerando os dados divulgados até a SE 14, última atualização disponível até o fechamento desta edição).
O médico virologista, professor da Universidade do Estado do Pará (Uepa) e da Universidade Federal do Pará (UFPA), e médico do Hospital Jean Bitar, Caio Botelho Brito, explica que a dengue é uma infecção viral que está entre as classificadas como arboviroses, que são aquelas transmitidas pela picada de um inseto, de um mosquito, o conhecido Aedes aegypti. “O mosquito pica uma pessoa infectada, pode ser algum reservatório do vírus – como alguns animais que têm o vírus, mas que não apresentam sintomas – e depois picam os seres humanos. Então, a dengue é uma infecção viral, ela dura entre 5 e 10 dias”.