Diário de Bordo

Segurança dos voos envolve até quem não voa

Comissária de bordo de folga morre durante voo na Itália
Comissária de bordo de folga morre durante voo na Itália Foto: Divulgação

A coluna aborda hoje a segurança dos voos comerciais, um tema bastante propício após a tragédia ocorrida nesta sexta-feira (9), em Vinhedo (SP), com o avião da Voepass (antiga Passaredo) que caiu e ceifou a vida de 57 passageiros e 4 tripulantes. O voo 2283, que saiu de Cascavel (PR) às 11h46 com destino ao aeroporto de Guarulhos (SP), era só mais um dos inúmeros que cortam os céus do planeta, mas que infelizmente, não chegou ao seu destino. 

A situação traz aquele frio na barriga para quem precisa viajar de avião com frequência ou esporadicamente, seja a trabalho, lazer ou outros compromissos. Afinal de contas, apesar de se saber que a aviação é o meio de transporte mais seguro do mundo, quando um acidente dessa proporção ocorre, dificilmente restam sobreviventes, o que desperta medo em quem fica confinado em uma cabine de avião entre um destino e outro. 

E mesmo que não seja uma ocorrência dessa proporção, como a desta sexta-feira, os incidentes sempre assustam: colisão de aviões com pássaros, voos que precisam arremeter, turbulências, turbinas que soltam faísca e, recentemente, até mesmo colisão entre aviões no pátio de aeronaves e brigas de passageiros são noticiados para terror de quem já não é muito fã de voar. 

O colunista é do time que vê nos aviões um meio seguro e rápido de se deslocar, ainda que também sinta medo e já tenha passado por situações de insegurança como a porta um avião monomotor se abrindo em pleno voo no meio da floresta amazônica; ter que sobrevoar sobre Belém para diminuir o nível de combustível e retornar para o aeroporto de Val-de-Cães após uma pane no sistema de navegação da aeronave; atravessar uma tempestade em um bimotor como se estivesse em uma montanha-russa e até mesmo lidar com uma passageira maluca sentada ao lado. 

Pois é, nem tudo são flores! A tragédia desta sexta-feira é lamentável e serve de reflexão para todos, desde o pai que deixa o filho empinar pipa perto dos aeroportos até os donos das companhias aéreas. 

Ao cidadão comum, sempre cabe lembrar que não se deve empinar, nem jogar lixo perto das pistas de pouso para não atrair pássaros e não brincar com feixes de laser apontando para as aeronaves. 

Aos passageiros, respeitar as regras de segurança: celular no modo avião, limite de pesos nas bagagens, ser cordial com a tripulação e demais passageiros e não levar itens proibidos em seus pertences pessoais. 

Às companhias aéreas e suas tripulações, manter a manutenção em dia, respeitar as escalas de plantão com o mínimo de descanso para todos, observar a segurança do voo antes de decolar. Não ser negligente! 

Aos órgãos fiscalizadores, cuidar para que tudo seja feito conforme as regras de segurança da aviação. Pode parecer coisa básica, mas com certeza tudo isso é essencial para que voar seja uma experiência agradável e segura para todos. Não devemos esquecer nunca que a vida é o bem mais precioso. Faça sua parte!  


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