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Ministro das Cidades destaca particularidades de quem vive na Amazônia

Ministro das Cidades, Jader Filho, participou do painel do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), intitulado ‘Juntos pelas Cidades: Integração multinível para a territorialização da adaptação no Brasil’. Foto: divulgação
Ministro das Cidades, Jader Filho, participou do painel do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), intitulado ‘Juntos pelas Cidades: Integração multinível para a territorialização da adaptação no Brasil’. Foto: divulgação

Cintia Magno
DUBAI, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS

Painéis de discussões, lançamentos de programas, cerimônias formais e encontros bilaterais marcaram o segundo dia de programação da COP28, sediada nos Emirados Árabes. Ao longo de todo o dia, as avenidas que integram a Expo City Dubai ficaram tomadas de pessoas de diferentes países do mundo preocupadas em buscar soluções para se mitigar os efeitos das mudanças climáticas com a máxima urgência.

Abrindo as programações do Pavilhão do Brasil na COP28, durante a manhã de sexta-feira (1º) o Ministro das Cidades, Jader Filho, participou do painel do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), intitulado ‘Juntos pelas Cidades: Integração multinível para a territorialização da adaptação no Brasil’. Na ocasião, ele destacou particularidades da região Amazônica, onde a maior parte da população vive nos centros urbanos.

“Se a gente quer, de fato, resolver o problema ambiental, a gente primeiro precisa pensar nas pessoas, em gente. Se a gente não der, nas nossas cidades, que é onde a maioria dos brasileiros vivem, qualidade de vida, bons empregos, uma educação e uma saúde de qualidade, a gente só vai ficar tratando de comando e controle”, considerou.

“Claro que a gente tem que fazer isso, mas não só isso. A gente precisa dar alternativas às pessoas, porque muitas das pessoas querem encontrar um bom lugar para morar e, para isso, nós relançamos o ‘Minha Casa, Minha Vida’, programa que foi criado pelo Presidente Lula lá em 2009, e é por isso que a gente está lançando o novo PAC, que é para cuidar das áreas de risco”.

O ministro destacou que essas são justamente as discussões que o Ministério das Cidades está levando para a COP28 ao longo desses primeiros dias de conferência. “É esse trabalho que nós temos feito e é essa discussão que nós viemos falar aqui, mas, para isso, a gente precisa, também, que as grandes economias do mundo compreendam que para que a gente possa fazer o enfrentamento ao desmatamento, buscar o desmatamento zero, que é essa a meta do Presidente Lula, as grandes economias do mundo precisam financiar isso, precisam nos ajudar nesse enfrentamento”, destacou.

“O Governo do Presidente Lula não vai se furtar de enfrentar esse problema, a gente já vem fazendo isso quando, por exemplo, a gente reduz, nos primeiros meses do Governo, em mais de 40% o desmatamento. Então, a gente está fazendo a nossa parte, mas a gente precisa que as grandes economias do mundo nos ajudem e também façam a parte deles para que a gente possa enfrentar a questão ambiental e, com isso, salvar o nosso planeta. Essa é a nossa missão, foi isso que nós viemos discutir aqui na COP28”.

Também participaram do painel a secretária Nacional de Mudança do Clima do MMA, Ana Toni; o diretor executivo do C40 Cities, Mark Watts, e a representante da Secretaria Geral de Redução de Riscos de Desastres da ONU, Mami Mizotori.

AGENDA

A agenda do ministro das cidades seguiu ao longo do dia e, durante a tarde, Jader filho e a equipe técnica do Ministério das Cidades ainda participaram do painel ‘Iniciando uma era de urbanização de ação multinível na era da emergência climática’, que contou com representantes dos Estados Unidos, Brasil, Japão, Escócia, entre outros.

“Incluímos as cidades nas discussões climáticas. O ministério tem o papel de apoiar os municípios e gestores para que saiam fortalecidos”, destacou. O ministro e sua equipe ainda participaram do lançamento do Pavilhão de Governos locais na ICLEI – ONU-Habitat e compareceram ao Local Climate Action Summit da COP 28, apoiado pelas principais organizações e lideranças mundiais.

*A repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade (iCS)