COP

Governador do Pará lança Plano Estadual de Bioeconomia na Conferência

Ao lado de representantes do povo da floresta, Governador do Pará lança Plano Estadual de Bioeconomia na Conferência. Foto: Agência Pará
Ao lado de representantes do povo da floresta, Governador do Pará lança Plano Estadual de Bioeconomia na Conferência. Foto: Agência Pará

Um plano robusto que tem a face do povo paraense, que foi construído por e para os Amazônidas. Assim é o Plano Estadual de Bioeconomia do estado do Pará, lançado nesta quarta-feira, 16, durante a 27ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 27, que ocorre no Egito.

O Pará é pioneiro na elaboração de um plano de bioeconomia que prevê soluções baseadas na natureza para transformar a economia existente para uma economia de baixo carbono e com valorização do conhecimento tradicional, que há milênios, sabe como conservar a floresta.

O estado nas últimas décadas foi o que mais emitiu CO2 no território brasileiro. E isto trouxe para o Estado o desafio de como construir uma solução que permitisse a transição, e o melhor uso da terra em um estado que tem a extensão territorial que compreende três Alemanhas ou Portugal, Espanha e França juntos, e que possui aproximadamente 70% do seu território preservado.

No eixo economia, o Estado é a maior província de ferro e de outros minerais de todo o Brasil, além de possuir o quarto maior rebanho bovino e ter o maior rebanho bubalino. Também no Pará está localizada a maior produção de cacau do Brasil, maior produção de açaí, dendê e pimenta do reino. Há, ainda, presentes desde os últimos anos, culturas que avançam de maneira significativa, como a soja, o milho e o arroz.

O desafio torna-se, então, em como construir a conciliação dessas atividades com a sustentabilidade sem que seja necessário propor um colapso econômico para a reversão e a mudança do uso da terra.

Ao investir nos produtos prioritários da biodiversidade para a bioeconomia, estudos estimam que pode-se alcançar R$178 bilhões até 2040. Um valor equivalente ao atual PIB do Estado.

“O Plano de Bioeconomia está pronto para ser a construção do amanhã no Estado do Pará. Para que a partir da bioeconomia a gente consiga gerar emprego, renda, garantir uma solução, seja ambiental, mas que seja inclusivo socialmente, que seja sustentável no âmbito do uso da terra, mas acima de tudo, que seja sustentável para empregar pessoas, inserir gente, para garantir renda para nossa população. Essa experiência do estado do Pará, de poder ser neste momento a fotografia do desafio para o Brasil, mas ao mesmo tempo apresentar-se como um cartão postal da solução para esse país”, ressaltou Helder Barbalho.