COP

Evento em Belém debate questões sobre ameaças ambientais

A quinta edição do Proteja Talks foi realizada como forma de preparação para a COP 30. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.
A quinta edição do Proteja Talks foi realizada como forma de preparação para a COP 30. Foto: Mauro Ângelo/ Diário do Pará.

Pryscila Soares

Belém sediou ontem (17) a quinta edição do Proteja Talks, um evento nacional criado pela iniciativa Proteja, promovida no Teatro Estação Gasômetro, em São Brás. Organizado por diversas instituições, com o apoio do governo do Pará, o evento discutiu soluções de enfrentamento às ameaças ambientais em áreas protegidas como forma de preparação para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá na capital paraense, em 2025.

O evento híbrido contou com a participação de jornalistas e representações de comunidades indígenas, quilombolas, gestores de reservas extrativistas e o público em geral. Ministradas por comunicadores e ativistas ambientais de todo o país, ocorreram nove palestras durante todo o dia, encerrando às 18h.

Dentre os temas abordados estava o painel sobre “comunicação e áreas protegidas”, reunindo jornalistas e comunicadores que debateram sobre a cobertura de áreas protegidas, além da exposição de conteúdos jornalísticos produzidos por comunicadores de todo território amazônico nacional. A mediação foi de Cristian Wari’u, comunicador indígena Xavante.

Para o comunicador, a ideia central é discutir soluções para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. “Os povos tradicionais, os povos indígenas, os quilombolas, já vêm fazendo isso há alguns anos, porque as mudanças climáticas afetam esses povos há bastante tempo. Existem relatos de grandes lideranças que já falavam sobre mudanças climáticas muito antes disso ser discutido, inclusive, cientificamente. Como um todo, queremos trazer informações e, também, falar dessa mitigação, justamente por sermos os primeiros afetados”, pontua Cristian Wari’u.

Indígena Wapichana, Ariene Susui, que atua como jornalista independente em Roraima, foi uma das participantes do painel. Para ela, a comunicação é uma importante ferramenta para a defesa dos direitos indígenas.

“Vamos falar como a comunicação está atrelada à defesa desses territórios indígenas. Estamos falando tanto das denúncias quanto das violações de direitos indígenas. A comunicação é fundamental para que esses direitos e os territórios possam estar protegidos e que possa ser denunciado toda vez que houver invasões nos territórios e violações dos direitos indígenas”, destaca.