LEVANTAMENTO

Veja quais profissões têm indícios de escassez de mão de obra no país

Das 231 profissões mais representativas do mercado formal brasileiro, em maio e junho, cerca de 40% apresentavam indícios de escassez de mão de obra

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A Carteira de Trabalho ganhou formato digital que, desde 2019, substitui a versão física do documento
FOTO: Divulgação
A Carteira de Trabalho ganhou formato digital que, desde 2019, substitui a versão física do documento FOTO: Divulgação

Uma pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) demonstrou que das 231 profissões mais representativas do mercado formal brasileiro, observou-se que em maio e junho deste ano, cerca de 41% e 40% dessas profissões apresentavam indícios de escassez de mão de obra.

O levantamento aponta que, com o mercado de trabalho registrando o menor nível de desocupação em 10 anos, a quantidade de profissões com indícios de escassez de mão de obra atingiu níveis recorde para o período. A pesquisa considerou profissões com indícios de escassez aquelas em que, apesar da ampliação de vagas, o salário de admissão avança de forma mais intensa que a média do mercado formal de modo a estimular a admissão de novos profissionais.

Dentre as profissões estão as de agente de vendas de serviço; caldeireiro; montador de estruturas metálicas; auxiliar de farmácia de manipulação; auxiliar de serviços jurídicos; além de garçom e copeiro.

No Pará, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Pará (Abrasel-PA), Rafael Menezes, comenta que o cenário regional do setor demanda constantes recrutamentos devido à alta rotatividade de profissionais, e a escassez envolve cargos mais técnicos como os de chefe de cozinha e gestor de restaurante.

Ele também destaca que a demanda supera a oferta de trabalhadores qualificados no setor no Estado. “As principais causas dessa escassez são a falta de formação adequada apesar da experiência na área. A valorização da carreira também dificulta a retenção desses talentos, porque é um setor com uma facilidade de entrada, mas visto como algo temporário”, explica.

Rafael Menezes pontua que, apesar do segmento ter crescido nesta retomada pós-pandemia, o setor ainda está em recuperação e possui um percentual considerável de inadimplência em decorrência do período da pandemia de Covid-19, além da inflação acumulada nos últimos meses.

Para reverter isso, a Abrasel Pará está investindo em iniciativas de capacitação e trabalhado parcerias com instituições e junto ao programa Capacita COP-30, do Governo do Estado, para suprir a falta de qualificação. “A Abrasel também busca desenvolver e profissionalizar o setor, estimulando o plano de carreiras para esses profissionais, a qualificação contínua desse funcionário por parte das empresas, para tornar a carreira mais atrativa para o trabalhador”, diz.