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Saiba as 10 cidades que mais criaram empregos no Pará em 2024

Saiba mais sobre a geração de empregos formais no Pará em 2024. Veja as estatísticas de admissões, desligamentos e saldo de vagas.

Saiba mais sobre a geração de empregos formais no Pará em 2024. Veja as estatísticas de admissões, desligamentos e saldo de vagas.
Nessa segunda-feira (24),o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, antecipou o número, afirmando que seria maior do que 100 mil.

O estudo mais recente do DIEESE/PA, baseado nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, revela que o Pará teve um crescimento significativo na geração de empregos formais ao longo de 2024. Mais da metade dos 144 municípios paraenses apresentaram aumento na criação de postos de trabalho, com o estado encerrando o ano com uma sequência de 11 meses consecutivos de resultados positivos (jan-nov).

No total, foram registradas 454.295 admissões, 404.223 demissões e a criação de 50.072 postos de trabalho (Tabela 1).

Tabela 1: Movimentação Mensal do Emprego Formal no Pará em 2024
(Admitidos, Desligados, Saldo)

PeríodoAdmitidosDesligadosSaldos
Janeiro36.62136.402219
Fevereiro42.12834.9297.199
Março40.32538.3471.978
Abril44.29537.5016.794
Maio42.01338.5803.433
Junho42.79334.8377.956
Julho42.92837.7995.129
Agosto43.31738.4724.845
Setembro42.95634.3298.627
Outubro40.58937.9982.591
Novembro36.33035.0291.301
Total454.295404.22350.072

Fonte: Ministério do Trabalho/CAGED | Análise e Elaboração: DIEESE/PA

Além disso, o estudo aponta que a maioria dos setores econômicos do Pará teve saldos positivos na criação de empregos formais em 2024. O setor de Serviços foi o maior responsável, com a criação de 19.586 postos de trabalho, seguido pelo Comércio (14.629 postos), Construção (11.283 postos) e Indústria (6.139 postos). A única exceção foi a Agropecuária, que registrou a perda de 1.560 postos (Tabela 2).

Tabela 2: Movimentação do Emprego Formal por Setores Econômicos em 2024

Setores EconômicosAdmitidosDesligadosSaldos
Serviços167.609148.02319.586
Comércio117.065102.43614.629
Construção80.50069.21711.283
Indústria58.85752.7186.139
Agropecuária30.26331.823-1.560
Não Identificado16-5
Total454.295404.22350.072

Fonte: Ministério do Trabalho/CAGED | Análise e Elaboração: DIEESE/PA

A análise também mostrou que 111 municípios (cerca de 77% do total) tiveram saldos positivos na criação de empregos formais, enquanto 31 municípios (aproximadamente 22%) registraram perdas. Entre os principais municípios com destaque no crescimento, Belém liderou com a criação de 16.161 postos, seguida de Canaã dos Carajás (3.393 postos) e Marabá (3.334 postos). A Tabela 3 lista os 10 municípios com os maiores saldos positivos.

Tabela 3: Maiores Saldos Positivos de Empregos Formais em 2024

MunicípioAdmitidosDesligadosSaldos
Belém117.554101.39316.161
Canaã dos Carajás22.25318.8603.393
Marabá29.66926.3353.334
Castanhal17.58614.5673.019
Barcarena17.97415.6262.348
Ananindeua29.81127.6422.169
Santarém16.73114.9621.769
Parauapebas41.21039.6271.583
Benevides6.4154.9921.423
Marituba6.4985.1191.379

Fonte: Ministério do Trabalho/CAGED | Análise e Elaboração: DIEESE/PA

Por outro lado, algumas localidades tiveram as maiores perdas, com Tucumã perdendo 815 postos de trabalho, seguido por Tailândia (-435 postos) e Tomé-Açu (-420 postos). A Tabela 4 destaca os 10 municípios com os maiores saldos negativos.

Tabela 4: Maiores Saldos Negativos de Empregos Formais em 2024

MunicípioAdmitidosDesligadosSaldos
Tucumã3.6344.449-815
Tailândia4.6305.065-435
Tomé-Açu4.7365.156-420
Bonito112516-404
Concórdia do Pará696976-280
Outros

Fonte: Ministério do Trabalho/CAGED | Análise e Elaboração: DIEESE/PA

Perspectivas para 2025:

Em 2025, o mercado de trabalho paraense continuará sendo impulsionado por setores-chave como Serviços, Comércio e Construção, além dos investimentos em infraestruturas e eventos, como a COP30. A indústria turística também promete ser uma grande fonte de geração de riqueza e empregos. Contudo, é essencial que a qualificação profissional seja priorizada para garantir que os paraenses possam se beneficiar plenamente dessas oportunidades.

Apesar do progresso, mais de metade da força de trabalho do Pará permanece informal, e a grande maioria dos trabalhadores recebe apenas um salário mínimo, o que não é suficiente para cobrir o custo de vida.