DECISÃO

Policiais mulheres voltam a ter direito à aposentadoria com 52 anos

O STF confirmou suspensão da regra da Reforma da Previdência de 2019 que igualava os critérios de aposentadoria para policiais.

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Desta segunda (19) ao dia 2 de junho serão ouvidas 82 pessoas
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O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou por unanimidade a suspensão da regra da Reforma da Previdência de 2019 que igualava os critérios de aposentadoria para policiais civis e federais de ambos os sexos. A decisão foi referendada em sessão virtual encerrada em 24 de abril, validando liminar do ministro Flávio Dino, relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7727.

A norma impugnada, incluída pela Emenda Constitucional (EC) 103/2019, estabelecia como requisito para aposentadoria: 55 anos de idade, 30 anos de contribuição e 25 anos de efetivo exercício na função policial, tanto para homens quanto para mulheres. A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) questionou a expressão “para ambos os sexos”, defendendo a manutenção de critérios diferenciados para mulheres, conforme histórico constitucional.

Em outubro de 2023, Dino concedeu liminar determinando que, até que o Congresso Nacional edite nova regra, seja aplicado o redutor de três anos para mulheres policiais, ou seja, aposentadoria a partir dos 52 anos, seguindo o padrão de diferenciação adotado para outras categorias do serviço público.

👩‍⚖️ Entendimento do STF

Para o relator, a Constituição Federal sempre previu tratamento diferenciado para homens e mulheres quanto à aposentadoria. A imposição de critérios iguais às policiais desconsidera fatores sociais, fisiológicos e a realidade da atuação feminina nas forças de segurança.

“Não há justificativa razoável para impor exigências idênticas a homens e mulheres nesse contexto específico. A norma é inconstitucional”, sustentou Dino.

📌 Próximos passos

Com a confirmação da decisão liminar pelo plenário, cabe agora ao Congresso Nacional legislar sobre o tema e definir o redutor de tempo apropriado para aposentadoria das policiais mulheres.

Clayton Matos

Diretor de Redação

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.

Clayton Matos é jornalista formado na Universidade Federal do Pará no curso de comunicação social com habilitação em jornalismo. Trabalha no DIÁRIO DO PARÁ desde 2000, iniciando como estagiário no caderno Bola, passando por outras editorias. Hoje é repórter, colunista de esportes, editor e diretor de redação.