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Mais de 630 mil temporários devem ser contratados até junho

Associação prevê um crescimento de 5% nessa modalidade de contratação de trabalhadores em relação ao ano passado.

Mais de 630 mil temporários devem ser contratados até junho Mais de 630 mil temporários devem ser contratados até junho Mais de 630 mil temporários devem ser contratados até junho Mais de 630 mil temporários devem ser contratados até junho
O trabalho temporário deve gerar 630 mil vagas no 2º trimestre de 2025. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará
O trabalho temporário deve gerar 630 mil vagas no 2º trimestre de 2025. Foto: Irene Almeida/Diário do Pará

O Brasil segue gerando oportunidades através de empregos temporários. É o que diz um estudo da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), que aponta que a modalidade deve gerar 630 mil vagas no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A previsão positiva pode ser o indicativo para um período favorável ao investimento em mão de obra.

A pesquisa ainda aponta que o crescimento será impulsionado pelos setores como Agronegócio, Logística, E-commerce, Indústrias Têxtil, de Embalagens e Papel e Celulose, principalmente nas datas sazonais de Dia das Mães e Dia dos Namorados. O levantamento ainda prevê que a distribuição das vagas setoriais seja a seguinte: Indústria (40%), Serviços (30%), Comércio (25%) e outros (5%). A previsão segue a projeção positiva de 800 mil contratos temporários firmados entre janeiro e março deste ano, nas áreas de Indústria Alimentícia, Bem-Estar, Educação, Turismo e Agronegócio.

Muito utilizado em datas festivas, o Trabalho Temporário é um regime diferente de contratação, caracterizado por ter um prazo definido, com todas as garantias e direitos previstos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), utilizado como reforço da equipe interna em período de pico de demanda. De acordo com a diretora regional da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), Cilene Herbster, essa modalidade serve como um termômetro da economia brasileira, em que as empresas se baseiam e acompanham a oscilação do mercado para fazer investimentos.

“O Trabalho Temporário passou a ser uma estratégia de inclusão social porque garante os direitos garantidos por lei, ajuda na reinserção de mercado e na qualificação desses trabalhadores. A gente vê pessoas de primeiro emprego, mulheres gestantes e pessoas acima de 40 anos são os que mais têm procurado esse tipo de emprego. É uma contratação legal, formal, ágil e bastante flexível”, afirmou.

Segundo a diretora regional da Asserttem, a vaga temporária também é uma oportunidade para o trabalhador se tornar um efetivo. “A partir do momento que o trabalhador consegue a vaga, só vai depender dele mostrar todo o potencial. Ele tem que ser pontual, proativo, gostar o que está fazendo, aprender tudo o que está fazendo ali, assim ele vai chamar a atenção de quem está próximo dele, o próprio empresário ou gerente. Na primeira oportunidade de vaga aberta, esses trabalhadores são chamados.Então, depende dele mesmo, mostrar toda a qualificação profissional e a parte comportamental que é muito mais importante”, orientou Cilene Herbster.

COMÉRCIO

Apesar da boa expectativa, comerciantes de diferentes setores do centro comercial de Belém afirmam que a contratação de mão de obra temporária depende diretamente do movimento. Segundo os trabalhadores, a possibilidade maior é de contratação de trabalho freelancer com pagamento de diária de dois ou três dias mais próximo do Dia das Mães, em maio.

De acordo com a gerente de uma loja de roupas, localizada na rua João Alfredo, a previsão é de contrato pelo regime de diária, dependendo do fluxo de pessoas no comércio para datas como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Quadra Junina. Isso porque o Trabalho Temporário é mais requerido no fim de ano, quando também há efetivação de trabalhadores na loja.

“Vagas temporárias, desde a pandemia, é mais em dezembro. O que acontece é que, dependendo do movimento, pode ter pessoas trabalhando por diária três vezes na semana, mas isso vai depender muito mesmo do movimento, do fluxo de pessoas no comércio, que desde a pandemia caiu muito. É mais certeza ter diária bem próximo a semana do Dia das Mães. Acontece de abrir uma ou duas vagas no período de junho para julho porque vem festa junina e venda de biquíni e aí o trabalhador fica naquele contrato de um mês, 45 dias. Em dezembro tem pessoas que se destacam e a já dá uma trocada no quadro do ano”, disse Silvane Apolinário, de 38 anos.