PROCESSO SELETIVO

Magalu lança programa de trainee para inteligência artificial

Com início do treinamento previsto para janeiro de 2026, o programa será o primeiro desse modelo no Brasil, segundo a companhia.

Dessa vez, o programa será focado em profissionais com vocação para atuar em inteligência artificial.
Dessa vez, o programa será focado em profissionais com vocação para atuar em inteligência artificial.

Depois de lançar em 2020 um programa de trainees exclusivo para profissionais negros, que teve forte repercussão e virou tendência em empresas de outros setores, o Magalu vai apresentar nesta quarta-feira (27) um outro processo seletivo com características próprias e potencial de ser replicado. Dessa vez, o programa será focado em profissionais com vocação para atuar em inteligência artificial.

Com início do treinamento previsto para janeiro de 2026, o programa será o primeiro desse modelo no Brasil, segundo a companhia.

Frederico Trajano, CEO da varejista, afirma que a medida faz parte da preparação da empresa para o seu novo ciclo estratégico, que abrange a inteligência artificial.

“O futuro do varejo vai passar por interação. Todo o fluxo de compras passa por buscadores. No futuro, esse processo vai se dar sobretudo via interação com IA. Não dá para ficar fora disso. Como não deu para ficar fora da revolução digital. Estamos vivendo uma revolução”, diz o empresário.

Os profissionais selecionados para o programa de trainees (que forma jovens com potencial para atingirem cargos de liderança no futuro) terão atividades para reforçar as habilidades relacionadas a ciências exatas. Eles não vão apenas atuar em tecnologia. A ideia é resolver desafios com IA nas diversas áreas de negócios.

Os candidatos precisam ter formação em cursos como física, matemática, estatística, ciências da computação e economia. A remuneração mensal inicial será de R$ 9.600. O número de vagas não foi pré-definido.

O processo seletivo será concluído em dezembro, e o programa, de 12 meses, tem cerca de 120 horas de cursos técnicos desenvolvidos em parceria com a escola de capacitação em tecnologia Alura. Estão previstas outras 60 horas de formação comportamental com conteúdo sobre os valores do grupo. Também serão trabalhados temas ligados a ética na IA, além de mentorias com o time de IA do Magalu. O programa passa por todas as áreas de negócios e outras empresas do grupo.

Segundo Trajano, a ideia não é concentrar a seleção em poucas instituições, mas expandir para universidades públicas e privadas de diferentes estados que possuam algum centro de excelência na área, como a UFAM (Universidade Federal do Amazonas) e a UFG (Universidade Federal de Goiás), que tem um bacharelado em IA.

O processo da candidatura vai ser feito com o uso de IA conversacional via WhatsApp, com procedimentos de segurança como número oficial e selo azul verificado pela Meta. O fluxo de conversa será orientado pela Lu, a influenciadora digital da marca.

Entre as iniciativas de IA já em operação, a empresa tem um projeto chamado internamente de “cérebro da Lu” para evolução do modelo de compra online auxiliado por agentes de IA, além do Magalu Cloud, para dar escala aos serviços oferecidos com as ferramentas, e a diretoria de IA e dados, com uma equipe dedicada ao tema.

“Precisamos de um time que vai estar pensando na infraestrutura e na arquitetura, que vai estar em um nível de expertise de uso, que vão ser os apóstolos dessa revolução”, diz o empresário.