Uma pesquisa da Universidade de Harvard revelou quais são os empregos mais ligados à infelicidade. A lista foi elaborada com base em um levantamento de saúde e bem-estar mental feito ao longo de 85 anos — o mais longo estudo do tipo já realizado — e mostra que o nível de satisfação profissional está diretamente ligado à qualidade das relações sociais que o trabalho proporciona.
Segundo os pesquisadores, trabalhos solitários ou que oferecem poucas oportunidades de conexão humana tendem a gerar mais insatisfação. A ausência de vínculos no ambiente profissional impacta não só o bem-estar emocional, mas também a saúde física das pessoas.
As 14 profissões mais associadas à infelicidade:
- Motoristas de caminhão
- Profissionais que trabalham em armazéns ou depósitos
- Seguranças
- Trabalhadores da limpeza
- Caixas e atendentes de lojas
- Cuidadores de idosos
- Trabalhadores da construção civil
- Atendentes de call center
- Frentistas e funcionários de postos de gasolina
- Operadores de máquinas em fábricas
- Zeladores e porteiros
- Trabalhadores agrícolas
- Auxiliares de cozinha
- Trabalhadores de linhas de montagem
Por que esses empregos causam mais infelicidade?
De acordo com o estudo, a principal explicação está na falta de conexões sociais de qualidade. O relatório aponta que “as pessoas mais felizes são aquelas que têm bons relacionamentos”, inclusive no ambiente profissional. Em cargos mais solitários, repetitivos ou com pouca valorização, a tendência é que o trabalhador se sinta mais isolado e desmotivado.
Além disso, muitos dos empregos citados envolvem longas jornadas, trabalho noturno ou em condições difíceis, o que aumenta o risco de estresse, ansiedade e problemas de saúde mental.
Apesar disso, os pesquisadores destacam que não se trata de uma sentença. É possível desenvolver estratégias para melhorar o bem-estar no trabalho, como buscar momentos de interação com colegas, valorizar pequenas conquistas do dia a dia e, quando possível, repensar a trajetória profissional.