A Nestlé anunciou, nesta quinta, 16, um plano global de reestruturação que prevê o corte de 16 mil postos de trabalho em diversos países
A Nestlé anunciou, nesta quinta, 16, um plano global de reestruturação que prevê o corte de 16 mil postos de trabalho em diversos países

A Nestlé anunciou, nesta quinta, 16, um plano global de reestruturação que prevê o corte de 16 mil postos de trabalho em diversos países. A medida vem após uma sequência de quedas nas vendas e um escândalo interno que levou à demissão do antigo CEO da companhia.

O anúncio foi feito pelo novo presidente-executivo, Philipp Navratil, durante a divulgação dos resultados financeiros referentes aos primeiros nove meses de 2025. O grupo suíço registrou queda de 1,9% nas vendas, totalizando 65,9 bilhões de francos suíços (equivalentes a US$ 83 bilhões, ou cerca de R$ 452 bilhões), segundo a agência France Presse.

Navratil, que ingressou na Nestlé em 2001, assumiu o comando da empresa em setembro deste ano, após atuar em diferentes áreas da companhia. Ele começou como auditor interno e já liderou operações na Honduras e no México, além de ter comandado as estratégias globais de marcas como Nescafé e Starbucks.

Com o plano de reestruturação, a multinacional busca retomar o crescimento e aumentar a competitividade, após anos de instabilidade e danos reputacionais. Entre as medidas estão a simplificação da estrutura organizacional, a focalização em produtos de maior valor agregado e a aceleração da digitalização dos processos produtivos e comerciais. “Nosso foco agora é restaurar a confiança, fortalecer nossa cultura corporativa e criar uma Nestlé mais ágil e sustentável para o futuro”, declarou Navratil em comunicado.

Impacto no Brasil

A Nestlé Brasil — uma das maiores operações da empresa no mundo — emprega mais de 20 mil colaboradores diretos, segundo dados do site oficial, e gera cerca de 200 mil empregos indiretos em sua cadeia produtiva e de distribuição.
Outros comunicados corporativos indicam que o número de trabalhadores diretos no país pode chegar a 32 mil, o que demonstra a relevância estratégica do mercado brasileiro para o grupo.

Com fábricas em diversos estados e forte presença nos setores de alimentos, bebidas e nutrição infantil, o país é considerado um dos principais pólos de inovação e produção da companhia na América Latina.

Editado por Clayton Matos