Pryscila Soares
O segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio 2022 foi marcado por tranquilidade no trânsito da capital paraense e pela movimentação de candidatos nos entornos dos locais de prova. Os portões abriram ao meio-dia e fecharam às 13h deste domingo (20). Já a aplicação das provas iniciou às 13h30 e encerrou às 18h30.
Nesta segunda e última etapa, os estudantes tiveram cinco horas para resolver 45 questões de matemática e 45 questões de ciências da natureza, que engloba química, física e biologia, totalizando 90 questões.
No Pará, cerca de 200 mil candidatos se inscreveram para o Enem 2022. Em todo o Estado, houve o decreto da catraca livre no transporte coletivo urbano, destinado aos candidatos.
Para garantir a plena realização do Exame no Pará, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), coordenou ações de segurança neste segundo dia de provas. Mais de 4 mil agentes foram mobilizados para colaborar com a logística de distribuição das provas.
De olho no futuro profissional, o Enem representa para os milhares de candidatos inscritos a oportunidade de seguir uma carreira promissora e sonhada por cada um, já que o Enem avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica e é uma das principais portas de entrada para a educação superior no Brasil.
Dentre os milhares de candidatos estava a estudante Jéssica Melo, 18 anos, que fez o Enem pela segunda vez consecutiva, só que agora encarou o desafio com mais confiança de que vai garantir uma vaga no curso de Economia na Universidade Federal do Pará (UFPA).
“No primeiro dia caiu tudo o que eu estudei e me senti feliz. Gostei do tema da redação, achei fácil e acessível. Estou bem ansiosa, mas com muita esperança de que vou conseguir. Matemática é a mais trabalhosa. Já tive um preparo ano passado e esse ano isso me deu mais gás”, disse ela, que estava acompanhada da mãe, a dona de casa Josiane Garcia, 43 anos.
“Tenho ela e um rapaz mais velho. Não vejo a hora da minha filha conseguir os objetivos dela. Estamos lutando juntas. Sempre estou do lado dela. Para onde ela vai eu vou”, garantiu a mãe, que aguardava com um certo nervosismo a abertura dos portões de uma escola situada na Avenida Governador José Malcher, bairro de Nazaré.
Cursando zootecnia na Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Lucas Costa, 22 anos, é veterano do Enem e demonstrou muita tranquilidade antes da prova. Mas, desta vez, a meta de Lucas é passar em ciências biológicas, na UFPA, para conseguir trocar de curso.
“Mantive a rotina conciliando os estudos para o Enem com a faculdade. Quero fazer ciências biológicas. É uma área que me identifico mais e se passar vou creditar disciplinas e trocar para a UFPA. O primeiro dia de provas foi bom e o tema da redação foi interessante. E hoje acho que vai ser uma prova tranquila”, declarou.
Já a estudante Rayane Carneiro, 22 anos, fez a prova em uma instituição de ensino situada na Avenida Gentil Bittencourt, em São Brás. A jovem está passando pela quarta vez por essa experiência de fazer o Enem.
Em anos anteriores, chegou a ser aprovada em design de games e pedagogia, mas não quis cursar. Desta vez ela vai testar os conhecimentos novamente apostando em publicidade e propaganda na UFPA ou em design na Universidade do Estado do Pará (Uepa).
“Cheguei a me arrepender de não ter feito pedagogia e pensei em não fazer vestibular de novo. Mas Deus me disse que era para eu fazer, só que me direcionou para publicidade e propaganda na federal. Estou tranquila. Esse ano estou mais relaxada. Das outras vezes fiz a prova nervosa. Então, acho que esse ano é para ser, em nome de Jesus. Estudei bastante e sou daquelas que dou uma parada até para não ficar muito pesado. Minha visão não é ficar em Belém. É ir para São Paulo trabalhar com meu irmão, que participou do top chef”, afirmou ela, que trabalha de forma autônoma com fotografia.