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Confira 18 profissões do futuro e saiba como se preparar

Confira os requisitos e as competências para trabalhar em carreiras promissoras dos próximos anos. Foto: Pixabay
Confira os requisitos e as competências para trabalhar em carreiras promissoras dos próximos anos. Foto: Pixabay

Conhecer as carreiras promissoras é importante para direcionar seus planos e se concentrar não apenas no tipo de trabalho que você está disposto a fazer agora, mas também no que pode ser mais interessante desenvolver no futuro e até mesmo para entender como conseguir o emprego dos sonhos.

Mas quais são as carreiras promissoras em 2023? E quais são as chamadas profissões do futuro? Para responder a essas questões, fizemos uma grande pesquisa e trouxemos dados que podem ajudar a traçar sua trajetória profissional, ao dar seus primeiros passos, ou a mudar de rumo e acelerar sua caminhada.

Antes de entrar nas áreas que prometem ser destaques, vale explicar um pouco o que é uma profissão do futuro.

De uma forma geral, uma profissão do futuro é aquela que está muito relacionada à evolução da tecnologia, ao movimento acelerado de transformação digital.

Pode ser uma nova carreira para dar resposta a uma atividade atual que surge com os avanços da tecnologia ou com o advento de novos conceitos no mercado. Neste último caso, temos as profissões que emergiram com as pautas sociais, ambientais e de governança dada uma necessidade — o planeta não sobreviverá com os atuais hábitos de consumo.

Essas profissões também podem ser uma versão atualizada de outras que já existiam. Por exemplo: toda empresa sempre quer vender mais. Agora, anúncios em jornais e revistas, além de comerciais em emissoras de rádio e TV, convivem com ações em mídias sociais. Ou seja, o marketing em si se mantém, mas quem o pratica já o faz em outras bases, com outro perfil. Agora, o marketing é também digital.

A seguir, vamos a elas: as profissões, as carreiras de destaque para 2023.

1. Desenvolvedores de software

Uma pesquisa da revista Forbes e da consultoria Robert Half mostra que o desenvolvimento de softwares é uma das 10 profissões com um futuro promissor. A média de crescimento anual de empregos nessa área é de 5,2%. No caso de desenvolvedores Full Stack (que cuidam do back-end e do front-end), um levantamento revela que a demanda por eles vai crescer 23% até 2031.

Também pudera: cada vez mais estamos ligados à tecnologia. Seja como consumidores, seja como trabalhadores.

No mundo corporativo, por exemplo, o desenvolvimento de plataformas de negócios exige mais profissionais capazes de desenvolver sistemas, softwares e outras aplicações que ajudem as empresas a não ficarem para trás em meio à transformação digital.

E na onda do desenvolvimento de software vem outra profissão que está em destaque.

  1. Cientista de dados

Ainda com base na pesquisa do Bureau of Labor Statistics, o emprego de cientistas de dados deve crescer, até 2031, cerca de 36%. E de acordo com o Business Insider, esses empregos continuarão a ser relevantes até aquela data.

Falamos dos profissionais que se debruçam sobre dados e outras informações, fazendo suas análises para identificar as melhores ações ou estratégias que vão ajudar as empresas a tomarem decisões mais acertadas. São eles que contribuem com insights a partir dos dados que a empresa coleta.

Veja também: Cientista de Dados: Aprenda tudo sobre a Profissão

3. Segurança de dados

Sabe qual é o custo anual decorrente dos chamados cibercrimes? Esse valor é estimado em US$ 6 trilhões. Não é por acaso que o Bureau of Labor Statistics, dos EUA, estime que as demandas por profissionais nessa área cresçam 35% até 2031.

Esse profissional é o responsável em manter sistemas e redes, por exemplo, sob segurança contra ataques de cibercriminosos comuns ou de hackers muito experientes. Além, é claro, de criarem estratégias que mitiguem os danos a partir desses ataques.

E por falar em hackers, há um interesse por parte das organizações pelos “White hats”, os chamados hackers do bem. São pessoas ou profissionais que usam todo o conhecimento que possuem para tentar hackear um sistema e, assim, identificar suas vulnerabilidades para posterior correção.

4. Engenheiro de computação em nuvem

E por falar em mercado: a Fortune Business Insights indica que o de computação em nuvem deve chegar a um valor total de cerca de US$ 2 trilhões até 2029. Hoje, está por volta de US$ 480 milhões.

A computação em nuvem permitiu que empresas de todos os portes e setores tivessem acesso ao que havia e há de mais novo ou atualizado em termos de aplicações e soluções tecnológicas por investimentos mais acessíveis.

Algumas empresas usam plataformas específicas para seus negócios e essa utilização tende a crescer cada vez mais. Falamos das Industry Cloud Platforms, nas quais as organizações encontram as soluções focadas e específicas para o setor em que atuam. Isso permite a elas terem mais agilidade e condições de dar respostas rápidas às transformações por que passam em um mercado cada vez mais em mutação.

E o engenheiro de nuvem é quem vai cuidar de toda a infraestrutura dessas plataformas, lidando tanto com softwares quanto com hardwares e lidando com grandes provedores de soluções em nuvem.

5. Analista de dados

Esse é o perfil profissional que se mantém como futuro e, espera-se, ainda vai se manter. Uma vez que as empresas dependem de dados para suas tomadas de decisão, é preciso quem faça as análises e relações cabíveis.

Um passo adiante na carreira de analista de dados, segundo alguns, é o analista de Business Intelligence (BI), que vai aprofundar a análise das conexões entre tipos de informações.

E ainda segundo alguns especialistas, do BI esse analista pode passar para a administração de banco de dados.

6. Desenvolvedores de negócios baseados em IA

De acordo com dados da IDC (International Data Corporation), os gastos globais com Inteligência Artificial devem superar a barreira dos US$ 300 bilhões em 2026. E os setores que devem impulsionar esse crescimento são o varejo e o bancário.

O profissional dessa área é quem vai criar sistemas que poderão executar tarefas sem a intervenção humana, numa explicação simples e objetiva.

Para isso, ele conta com algumas tecnologias que estão dentro do escopo da IA:

  • Machine learning, aprendizado de máquina;
  • Processamento de linguagem natural (NLP);
  • Visão computacional (CV).

7. Assistentes de terapia ocupacional

Também na lista das carreiras que mais crescem está a de assistente de terapia ocupacional. Um levantamento conduzido nos EUA revela que espera-se que o emprego de assistentes de terapia ocupacional cresça 36% entre 2020 e 2030, com cerca de 15.600 vagas de emprego esperadas.

Mas o que faz esse profissional? A demanda por assistentes de terapia ocupacional está crescendo com o envelhecimento da população. Esses profissionais podem ajudar esses pacientes a desenvolver e a melhorar as habilidades necessárias para viver de forma independente.

8. Analista de F&A

Elon Musk comprou o Twitter. Esse é um exemplo do que o mercado chama de F&A, na tradução da sigla, fusões e aquisições.

Em um cenário altamente competitivo de mercado, não é incomum que algumas empresas se unam para aumentar sua sinergia, seja de processo produtivo ou de vendas. Ou até mesmo que algumas sejam adquiridas por outras – seja para ganharem com a expertise da comprada, seja, infelizmente em algumas situações, para deixar de existir como concorrente no mercado.

Sejam boas ou não tão boas assim as motivações de processos de fusões e aquisições, a expectativa é boa para 2023. Aliás, em 2017 foram quase 900 processos. Em 2021, chegamos a quase 2.000 fusões e aquisições. Isso faz com que o analista de F&A ganhe destaque.

É ele que vai buscar informações no mercado sobre possíveis parcerias ou empresas que possam passar por um processo de venda ou de união.

9. Gestor de investimentos

A tecnologia deu asas para muitas operações financeiras, que se viram livres das asas de bancos tradicionais. Fintechs e demais instituições financeiras passaram a oferecer seus serviços, muitos de forma quase exclusiva.

E é nessa seara que ganham destaque os profissionais que gerenciam patrimônios de pessoas físicas. Mas são grandes patrimônios. Coisa de milhões de reais.

 10. Gestor de marketing digital

Como falamos no início deste texto, cuidar da venda de um produto ou serviço, bem como a boa imagem de uma marca, não são mais suficientes os esforços e investimentos nas chamadas mídias tradicionais, como veículos impressos e emissoras de rádio e TV, por exemplo.

Com o avanço do mundo digital, todos os canais são importantes. E dos importantes, existem os mais importantes ainda, focados no público certo e que passarão o conteúdo mais adequado.

O profissional responsável pelo marketing digital de uma organização é quem vai pensar na estratégia e no planejamento de campanhas e demais ações, bem como a periodicidade destas e os indicadores mais apropriados para mudar de rota e/ou para mensurar o sucesso de sua empreitada.

11. Gestor de e-commerce

O consumo via internet teve um grande impulso durante os primeiros anos da pandemia de covid-19, quando o distanciamento social foi estimulado e quando muitas pessoas passaram a trabalhar em sistema home office.

E a tendência se mantém. E ganha mais desafios que demandam do profissional que cuida das relações comerciais em lojas online: agora ele tem de pensar mais em todos os canais possíveis para venda e na experiência do cliente.

12. Gerente de supply chain

Este é profissional que cuida de todo o processo de compras de uma empresa – de produtos e serviços que deem condições para a empresa poder cuidar de suas atividades.

Embora seja uma profissão que já tenha um bom tempo de vida, ela ganha destaque com o aumento da preocupação com a cadeia de fornecedores, por exemplo (se essas empresas seguem os mesmos processos ligados à pauta ESG) e com o uso mais intenso da tecnologia.

13. Especialista em energia renovável/limpa

Temos de um lado a pressão imposta pela agenda ESG sobre as empresas. Isso porque muitos investidores, antes de aportarem seus recursos, irão prestar cada vez mais atenção ao que as organizações estão fazendo para minimizar seus impactos (negativos) no meio ambiente, sobre as pessoas (dentro e fora dos limites da própria organização) e sobre o modo como ela faz negócios e como lida com os seus stakeholders.

Assim, a preocupação em como buscar fontes de energia limpa, renovável ou alternativa que nos livre da dependência do petróleo faz com que profissionais com essa expertise tenham futuro. Aqui, encontramos um bom campo para algumas áreas de engenharia. Inclusive engenharia voltada para energia ou para ESG.

14. Analista de compliance

Dentro da pauta ESG que vimos acima, falamos agora ao que corresponde à letra “G”, de governança. Como as empresas fazem negócios, como faz a gestão das pessoas e como cuida do relacionamento com seus públicos de interesse.

Envolvemos nesse campo desde a aplicação e acompanhamento de códigos de conduta e de ética, campanhas contra todo e qualquer tipo de assédio, até ao comportamento da organização em relação às suas obrigações trabalhistas e com o Fisco, por exemplo.

Falamos de profissionais capazes de fazer auditorias e controles internos, que contribuem na elaboração desses códigos e manuais e na fiscalização de que estão sendo seguidos.

15. Chief ESG Officer

O tema tem tanta importância (ESG) que parece ocupar o principal cargo em uma empresa: CEO. Mas calma, não falamos do Chief Executive Officer, o principal líder, mas do Chief ESG Officer. Talvez até para diferenciar os cargos, o mercado parece ter mais apreço pelo CSO: Chief Sustainability Officer.

É o profissional responsável pelas políticas e práticas de governança e de ações sociais e ambientais de uma empresa. Ele atua de forma estratégica, cuidando do relacionamento com os principais stakeholders da organização.

Estipula metas e indicadores para verificar o avanço e conformidade dos projetos e iniciativas em relação aos valores e propósito da empresa tendo a pauta ESG como pano de fundo. E tem uma atuação transversal pelas demais áreas da empresa.

16. Engenharia de ESG

Ainda na mesma linha…

São os profissionais que vão pensar, elaborar e implementar projetos voltados à sustentabilidade da empresa, que tenham poucos impactos negativos no meio ambiente (ou nenhum) e que também cuidem da saúde e segurança dos colaboradores.

17. Engenharia de melhoria contínua

Chega de desperdício. Seja de tempo, de matéria-prima, de dinheiro. Todo e qualquer desperdício será evitado. Da mesma forma, as falhas ou problemas com a qualidade do produto ou serviço que uma empresa ofereça para o mercado.

Esse é o objetivo do engenheiro de melhoria contínua, que vai propor programas e ações que visem testar e avaliar o que é produzido, identificando problemas nos processos da empresa.

Em um cenário de grande terceirização e de redução de custos, garantir que fazer mais com menos e com qualidade seja atingido é fundamental.

Nem é preciso dizer que essa função se aproxima muito das pautas ESG.

18. Recrutadores especializados em tecnologia

Para a área de recursos humanos, as carreiras de futuro se mantêm por anos, como o responsável pela atração e gestão de talentos, o especialista em experiência do empregado, por exemplo.

Mas com tantas oportunidades de profissões voltadas para as áreas de tecnologia, nada mais natural que o recrutador especializado em tecnologia (em termos de uso e em termos de buscar os perfis desejados para essa área) ganhe destaque.

É ele que vai coordenar o processo de busca desses profissionais, a forma como abordá-los, conquistá-los e selecioná-los para a empresa. Indo até a integração deles na nova organização.

Fonte: vagas.com.br