TRABALHO

Comércio e serviços: quase 110 mil vagas devem ser abertas até o fim do ano

Segundo levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas e do Serviço de Proteção ao Crédito, são quase 16 mil vagas a mais que em 2022 no país, quando foram estimadas 94.679 postos

 No Centro Comercial de Belém, a procura por profissionais qualificados já começou Foto: Ricardo Amanajás
No Centro Comercial de Belém, a procura por profissionais qualificados já começou Foto: Ricardo Amanajás

Ana Laura Costa

Para quem aguarda por uma oportunidade de recolocação no mercado de trabalho, a notícia é boa, já que aproximadamente 110 mil vagas temporárias, informais, efetivas ou terceirizadas nos setores de comércio e serviços, devem abrir no país nos meses que antecedem o fim de ano. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Segundo o levantamento, são quase 16 mil vagas a mais que em 2022, em que foram estimadas 94.679 vagas. Entre os empresários dos setores citados que farão contratações para o final de ano, as principais razões são: suprir a demanda que aumenta neste período do ano (55%), estão confiantes devido às boas vendas durante o ano (28%), precisam expandir a empresa (22%) ou querem investir na qualidade dos seus serviços (22%).

No Centro Comercial de Belém, no bairro da Campina, a procura por profissionais qualificados para suprir o intenso fluxo de compras e clientes nas lojas já começou há um certo tempo. Com datas como o Círio de Nazaré, Black Friday e festas de fim de ano faz-se necessário reforçar as equipes. Apesar das vagas em aberto, alguns lojistas garantem que vêm encontrando dificuldades para preencher essas vagas.

Em uma loja de importados e eletrônicos, na rua Conselheiro João Alfredo, a gerente Renata Ramos, de 32 anos, afirma que a loja já está recebendo muitos currículos e a expectativa é contratar ao menos mais dois funcionários na loja, que atualmente funciona com sete colaboradores no quadro. “Já estamos nesse processo há um tempo, essas pessoas serão efetivadas, não é temporário. Estamos recebendo vários currículos mas ninguém ainda atende os requisitos”, afirma.

Também com vagas em aberto, em outra loja de vestuário, a proprietária Cintia Andrade, 49 anos, exige experiência no ramo e diz que iniciou o processo seletivo há pelo menos 2 meses, sem sucesso. No local, pelo menos seis pessoas devem ser contratadas para suprir a demanda de fim de ano, quando a economia aquece e as datas comemorativas apelam para o consumo.

“Tem semanas que estou fazendo treinamentos e nada. Está faltando experiência e qualificação, por isso a dificuldade de contratar alguém. Estou visando a contratação para o mês de novembro e dezembro, mas se a pessoa se destacar, acontece sim de ser efetivada”, diz.

A gerente de vendas e compras, Elitania Souza, 45 anos, que trabalha em uma loja do segmento de informática, afirma que ainda aguarda as vendas aquecerem mais para decidir sobre futuras contratações. “Temos que esperar o termômetro esquentar um pouco para poder pensar em contratar. E olha que as pessoas compram muitos presentes aqui, se comparado ao ano passado está bem fraco”, conta.