Traslado para Ananindeua e Marituba chega ao fim após 10 horas

• Depois de quase 10 horas e pouco mais de 50 quilômetros percorridos, chegou ao fim a romaria mais extensa do Círio de Nazaré.
• Cerca de um milhão e trezentas mil pessoas participaram da romaria, acompanhando ou vendo a passagem.
• O Traslado pela região metropolitana é realizado desde 1992 e é a mais longa de todas as romarias do Círio.

 

Depois de quase 10 horas e pouco mais de 50 quilômetros percorridos, chegou ao fim a romaria mais extensa do Círio de Nazaré. O Traslado com a imagem peregrina da padroeira dos paraenses percorreu vários bairros de Belém, Marituba e Ananindeua, onde ficará até o início da romaria rodoviária no sábado pela manhã. Ao longo do percurso, iniciado às 8h na Basílica Santuário, milhares de devotos puderem chegar próximos da berlinda que conduzia a imagem.

Cerca de um milhão e trezentas mil pessoas participaram da romaria, acompanhando ou vendo a passagem, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Era grande a concentração dos romeiros na Praça Santuário, que recebiam os fiéis desde a madrugada. Alguns peregrinos passaram a noite caminhando e pedalando para chegar a tempo para a missa que dá início à procissão de 53 km até a igreja matriz de Ananindeua. Foi o caso das vizinhas e artesãs, Rosilene Pereira e 

Eliane Pereira, que fazem parte do grupo Unidos pela Fé. Elas contam que saíram caminhando de suas casas na transcoqueiro às 2h da madrugada para chegar a tempo da missa. “Nós viemos a pé da rodovia transcoqueiro para cá. A gente saiu de lá às 2h da madrugada para chegar umas 6:30h aqui pela praça santuário”, conta Rosilene Pereira. 

“Eu já faço esse trajeto há 3 anos com o grupo, por conta de uma promessa pela saúde do meu pai. O meu pai tinha uma ferida muito grande na perna, não conseguia mais andar. Desde então eu decidi participar do grupo e pedir a intercessão de Maria pela melhora dele. Quando eu vim pela primeira vez com o grupo, assim que nossa senhora desceu as escadarias da basílica eu fiz esse pedido a ela. Hoje ele está se recuperando, já não faz mais uso de remédios. O nosso grupo vem caminhando, orando e cantando”, disse Rosilene Pereira. 

O grupo iniciou após uma promessa para a filha de Eliane Pereira. “A perna dela estava deslocada e tinha uma cirurgia marcada para o período do Círio. Os médicos já tinham me aconselhado a não fazer a caminhada com ela. Mas mesmo assim caminhamos e de lá para cá não paramos mais. Hoje minha filha não sente mais dores na perna”, diz Eliane Pereira.