Em um momento de fé e devoção, os fiéis de Nossa Senhora de Nazaré acompanharam, na noite desta quarta, 9, o “Traslado dos Carros”, a primeira romaria das 14 que integram a festividade nazarena.
Conhecidos como um dos maiores símbolos, o traslado dos carros começou em 2019. E em sua terceira edição, a romaria atraiu cerca de 30 mil devotos.
E, como manda a tradição, quem escolheu seguir o percurso de 5 km em cima dos carros não conteve palavras para expressar os sentimentos renovados a cada ano. “Faz dois anos que eu faço esse percurso e, para mim, é algo inexplicável. Escolhi participar desse momento porque me deixa mais próximo da Nazinha e eu a amo. É ela quem me protege e me guarda de todo mal”, afirmou Laura Ribeiro, estudante de 9 anos.
Antes de começar a procissão, os carros estavam expostos em frente à Basílica Santuário, sendo eles: Carro de Plácido, Barca da Guarda Mirim, Cesto de Promessas, Barca com Velas, Barca Nova, Barca Portuguesa, Barca de Remos, Carro da Sagrada Família, Carro Dom Fuas, Carro da Saúde e Quatro Carros dos Anjos, que serão conduzidos pela Catequese da Basílica Santuário de Nazaré.
História
O primeiro carro de promessa a ser inserido no Círio lembra o acontecido com Dom Fuas Roupinho, fidalgo português, em 1182. O fidalgo esteve prestes a despencar num abismo com seu cavalo. Ele recorreu à Nossa Senhora de Nazaré e foi salvo. Foi então que a rainha Dona Maria I, ordenou que o carro fosse inserido na grande procissão de 1805.
Hoje, a romaria é uma oportunidade para muitos devotos expressarem sua fé e agradecerem as graças recebidas. E, a cada carro decorado, as diferentes promessas guardam o legado do povo paraense. “A minha história começou há 25 anos atrás como guarda de Nazaré e, desde então, a minha vida ficou repleta de sentimentos bons, quase inexplicáveis. Dizem que só que está aqui consegue sentir a verdadeira emoção do Círio de Nazaré, e é verdade, pois é um momento único de amor, agradecimento e união”, contou Icoaraci Castro, guarda de Nazaré e diretor do Carro de Plácido.
Sentimentos que a Elaine Vera entende bem. Há treze anos acompanhando o Traslado dos Carros no Barco com Remos, junto de seus filhos gêmeos, a atendente comercial agradeceu por suas vidas. “Tive uma gravidez bem difícil, no qual eu podia perder a minha vida e a vida dos meus meninos, então eu rezei muito para Nossa Senhora e, como de se esperar, ela atendeu ao meu pedido. Hoje estamos aqui agradecendo as nossas vidas”, contou.
Junto à mãe, os estudantes Gustavo Moraes e Eduardo Moraes, de 13 anos, acompanharam a procissão expressando seu amor e gratidão à Nossa Senhora de Nazaré. “É uma tradição de família em agradecimento pelas nossas vidas, mas também pelo amor que temos à Nossa Senhora. Ela representa tudo em nossa vida, a gente tá vivo graças a ela”, expressou Gustavo.
Já o irmão garantiu que pretende ir além do legado de família e se tornar guarda de Nazaré. “Esse é só o início da minha tradição, da minha história ligada à Nazinha. Minha mãe contou que foi graças a ela que estamos vivos, então desde o meu primeiro ano faço parte dessa procissão”, concluiu Eduardo.
Junto à mãe, os estudantes Gustavo Moraes e Eduardo Moraes, de 13 anos, acompanharam a procissão expressando do seu amor e gratidão a Nossa Senhora de Nazaré. “É uma tradição de família em agradecimento pelas nossas vidas, mas também pelo amor que temos a Nossa Senhora. Ela representa tudo em nossa vida, a gente tá vivo graças a ela”, expressou Gustavo.
Já o irmão, garantiu que pretende ir além do legado de família e se tornar Guarda de Nazaré.
“Esse é só o início da minha tradição, da minha história ligado à Nazinha. Minha mãe contou que foi graças a ela que estamos vivos, então desde o meu primeiro ano faço parte dessa procissão. E agora eu quero ir além, quero expressar meu amor diariamente a ela, e também cuidar de quem a ama da mesma forma que eu”, concluiu Eduardo.