Alexandre Nascimento
Os 400 metros da corda do Círio de Nazaré são atrações na Estação das Docas, em Belém. Exposta no Armazém 1 do complexo turístico, a corda reúne inúmeros fiéis, pois representa a oportunidade de verem bem próximo um dos principais símbolos da festa nazarena.
“Eu vim de Santarém, mas não ficarei até o dia do Círio. Na verdade, nunca assisti a procissão em Belém. Por isso eu vim à Estação, pois é a forma de ver de perto e imaginar a simbologia que ela tem para as pessoas que querem participar da procissão segurando a corda”, declarou Dara Marcela, 28 anos, enfermeira.
“Eu sou de Belém e participo do Círio acompanhando, participando com o coração cheio de fé e admirando os fiéis que fazem o sacrifício de participarem da procissão com as mãos nessa corda. Estar olhando ela nessa exposição me faz ter essa visão, de como essa corda possui uma representatividade de devoção por Nossa Senhora”, concluiu Herman Nunes, 31 anos, enfermeiro.
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O espírito da manifestação católica já tomou conta da cidade. Nesse clima de fé, teve início na noite de ontem a programação Círio da Estação das Docas, com extensa programação musical que ocorre até 8 de outubro, dia da principal procissão da festa nazarena, sempre a partir das 17h e de maneira gratuita. Além disso, o complexo turístico abriga ainda a exposição de 400 metros da corda usada no Círio, desde o último dia 23 e segue até a madrugada do segundo domingo de outubro.
Na primeira noite do evento, o carimbó agitou as centenas de pessoas que lotaram a Estação que, no espírito do Círio, está completamente ornamentada com elementos reluzentes que representam elementos da festa católica. “É a energia e o encontro de culturas, que envolve o nosso Círio e a originalidade amazônica do nosso carimbo”, disse Nonato Paixão, 59 anos, farmacêutico.
“É bom saber que essa programação será extensa, de qualidade e gratuita, em um período que representa total alegria e fé, que é o nosso Círio. Imagina a energia que irão causar as procissões e essa programação cultural para os fiéis, principalmente os turistas que são encantados com as nossas duas maiores expressões culturais, que são o Círio e nossa musicalidade. Situação que mostra como esse evento católico é ainda maior do que qualquer religiosidade”, completou Vanessa Alencar, 33 anos, professora.
