Nos momentos de maior calor vivenciado por quem cumpre promessa na corda do Círio de Nazaré, a ajuda vem de mãos desconhecidas. Na subida da avenida Presidente Vargas, devotos se mobilizam para ofertar a água que alivia o calor dos promesseiros da corda.
Os esguichos de água que surgem no horizonte durante a passagem da corda vêm das mãos de pessoas como a pedagoga Débora Chermont, 43 anos, e da universitária Sophia Chermont, de 18 anos. Há 10 anos, elas aguardam a corda fazer a curva na avenida Presidente Vargas, vinda da Boulevard Castilhos França, para começar a disponibilizar a água mineral adquirida por elas. “Há 10 anos que a gente paga essa promessa”, contabiliza Sophia, sem revelar a graça alcançada. “A gente começou com 12 pacotes e hoje a gente está com 230 e vai crescendo cada vez mais”, aponta Débora.
Para que tudo esteja pronto quando a corda inicia o trajeto rumo à Basílica, Débora conta que os pacotes de água mineral são deixados no local logo após o fim da Trasladação. “A nossa promessa é jogar essa água pros promesseiros da corda, pra aliviar o calor deles e ajudar eles a cumprir as suas promessas. Toda essa água vai pra dentro da corda”.
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Na família da publicitária Jaqueline da Costa, 41 anos, a tradição também iniciou com a promessa de uma pessoa. Mas não demorou para que toda a família se mobolizasse em torno da causa. Da mesma forma, a água adquirida pelo grupo batizado de ‘Servos por Amor’ vai para os promesseiros da corda. “O primeiro ano foi em 2011, quando teve a promessa, mas desde então a gente continua vindo como um propósito de ajudar mesmo.
Hoje envolve toda a família, amigos e a cada ano vem mais um fazer parte”, destacou, ao contar que em 2025 mais de 20 familiares participaram da ação que distribuiu 165 pacotes de água. “É gratificante demais poder contribuir com eles que seguem na corda. Pra gente, não é Círio se não tiver essa nossa ação”.
