Bola

Xodó da Fiel, Esli Garcia ainda está em busca da titularidade no Paysandu

Nildo Lima

Pedido pelos torcedores desde os primeiros minutos de jogo contra o Botafogo-SP, sábado, o atacante Esli Garcia justificou, em campo, a cobrança da Fiel. Ao entrar na equipe, aos 15 minutos do 2º tempo, o baixinho venezuelano, num gol de bela jogada individual, colocou o Paysandu, que não tinha Nicolas, lesionado, na frente do marcador. Festa da torcida, que alguns minutos depois recebeu um balde de água fria em sua euforia com o gol de empate do adversário. Em sua entrevista pós-jogo, o técnico bicolor Hélio dos Anjos justificou a não escalação de Garcia desde o começo do jogo como pediam os torcedores.

“Ele apresenta alguns problemas. Se ele melhorar, só vai crescer. Não crescer para o Paysandu, crescer para a carreira dele. Temos um cuidado muito grande. Ele é tratado dentro do clube, pela comissão técnica, quase obrigado a fazer algumas coisas, que são importantes para ele. É diferente, porque tem jogador que vai e faz, no dia a dia, fora do treino, que chamamos de pré-treino. Temos que estar em cima do Esli. É normal. É a característica de trabalho no país dele”, comentou Dos Anjos, em depoimento parecido ao que já havia dado depois da vitória sobre o Bragantino, pelo Parazão, partida em que o atacante marcou dois gols.

De acordo com o treinador, Garcia, que atua pela 1ª vez no futebol brasileiro, “desembarcou” na Curuzu precisando passar por uma preparação. “Nós desenvolvemos muito trabalho de força. O que é trabalho de força? Nós tiramos gordura e colocamos massa magra. Você pega um jogador que tem 48% de massa magra, ele tem problema. O jogador tem que cair na casa de 51% e chegar em 52%. Os Esli tinha 46 quando chegou (ao Paysandu). Ele carregava massa gorda. Estamos elaborando um trabalho, condicionando ele e mostrando que não é apenas só para esse momento, é para carreira dele”, explicou Dos Anjos.