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Volante do Papão explica alta quantidade de cartões recebidos

Vilela não se exime da responsabilidade pelos cartões tomados no Papão, assim como credita alguns como erros de arbitragem.

O volante é cobrado por tomar cartões que, vez ou outra, o deixam de fora do time - Foto: Jorge Luis Totti/PSC
O volante é cobrado por tomar cartões que, vez ou outra, o deixam de fora do time - Foto: Jorge Luis Totti/PSC

Jogador mais advertido com cartões nas quatro Séries do Brasileiro, A, B, C e D, o volante do Paysandu Leandro Vilela, de 30 anos, que acumula dez amarelos e um vermelho, falou, ontem, na Curuzu, pela 1ª vez sobre a questão. Inteligente e bem articulado, o meio-campista, no meio da coletiva à imprensa, foi questionado sobre a situação, algo que ele já previa acontecer, conforme revelou. “Já sei onde vai chegar isso aí. Já imaginava”, disse, em meio ao riso, Vilela. O jogador afirmou que encara o número excessivo de cartões, que já o deixaram de fora em quatro jogos do Papão, como algo “muito natural”. Em seguida, o volante procurou justificar o grande número de punições.

“Todas as advertências com amarelo têm um significado. Em três ocasiões foram por erros da arbitragem. Não estou me eximindo da culpa”, declarou. Depois, ele admitiu que pode diminuir o número de advertências nos próximos jogos do time na Série B do Brasileiro, sem, no entanto, prejudicar sua equipe. “Posso melhorar isso? Posso. A evolução é interna. Posso melhorar nesse sentido? Posso, mas nunca vou pensar em não tomar um cartão e acontecer do Paysandu tomar um gol. A gente não sabe o que vai acontecer no lance seguinte”, afirmou o meio-campista.

Vilela creditou parte dos cartões à função que exerce dentro da equipe. “A minha posição exige que eu seja firme. Sou um cara de marcação. Entenda a analogia (comparação) que eu vou fazer e não quero apontar dedo para ninguém”, afirmou, prosseguindo. “No gol que a gente sofreu contra o Athletico Paranaense foi um lance que se a gente fizesse uma falta, provavelmente seríamos advertido com o cartão amarelo, mas o gol não sairia”, exemplificou. “Então é uma tomada de decisão que a gente nunca vai saber o que vai acontecer no lance seguinte”, completou.

Reconhecimento e responsabilidade pelos cartões

Além disso, o meio-campista também afiançou alguns cartões que tomou a erros da arbitragem, citando alguns exemplos na entrevista. “Lembro que o Giovanni (ex-jogador do Paysandu) ia entrar na partida e eu fiz um sinal para que a torcida o apoiasse. O juiz achou que eu o estava ironizando, relatou para nós depois do jogo. Nunca havia visto isso. O jogador tomar um cartão por estar pedindo o incentivo da torcida para um jogador”, contou Vilela. Assim, ele acredita que teria, hoje, em sua contagem de cartões, ao menos três a menos não fossem os erros da arbitragem. Consciente, no entanto, o jogador reconheceu que, também, tem sua responsabilidade pela situação. “Não vou focar aqui apenas nos árbitros. Tem algo que eu posso melhorar”, arrematou o meio-campista bicolor, que soma 13 jogos na Série B pelo Papão, quando, hoje poderia ser 17.