LUIZA SÁ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A vitória por 2 a 1 do Flamengo sobre o Botafogo neste sábado (2), no estádio Nilton Santos, segurou o técnico Jorge Sampaoli no comando rubro-negro. Pelo menos por enquanto.
O clássico era tratado como decisivo para a permanência ou saída de Sampaoli. E os três pontos contra o líder do Brasileirão deram sobrevida ao argentino.
Jorge Sampaoli corria sério risco de ser demitido em caso de derrota ou até de empate. Uma parte do clube já esperava esse movimento.
O sentimento de quem esteve no vestiário após a partida era de que o clima era outro depois da vitória no Nilton Santos. A semana foi de pressão e tentativas de motivar mais o grupo.
O presidente Rodolfo Landim foi com a delegação até o estádio, esteve no vestiário e tem frequentado mais o ambiente do futebol. Ele é o único defensor de Sampaoli no departamento de futebol.
Isolado dentro do CT, Sampaoli, por enquanto, permanece no Fla. O time terá 10 dias de pausa durante a Data Fifa e já começa a pensar na final da Copa do Brasil.
Acabar com a invencibilidade do Botafogo em casa pode dar o tempo suficiente para Sampaoli dirigir o Flamengo contra o Athletico, pelo Brasileirão, e na sequência a final da Copa do Brasil diante do São Paulo. A torcida, porém, ainda não está satisfeita.
Houve protesto flamenguista mesmo com o triunfo no Nilton Santos. Parte da torcida criticou Sampaoli e parte do time, apesar dos três pontos.
O técnico Jorge Sampaoli foi perguntado sobre a pressão no cargo após a vitória no clássico, mas não mostrou nervosismo.
O treinador disse que o time estava “afundado” quando chegou e que tem convicção sobre seu trabalho.
O aproveitamento é de 65%. O Flamengo é o terceiro no Brasileirão e está na final da Copa do Brasil, mas o desempenho não anima, e a eliminação na Libertadores para o Olimpia pesa contra.
“Tenho muito tempo de carreira. Trabalho cada jogo para melhorar o time que estava totalmente prejudicado quando chegamos e estamos tentando recuperar. Mais do que a vitória, tenho claro quem sou e o que busco. Posso conseguir ou não”, disse Jorge Sampaoli.