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Veja quem é quem na corrida eleitoral do Clube do Remo

Tylon Maués

A sorte está lançada. Terminou ontem o prazo para inscrições de chapas para a eleição no Clube do Remo e quatro nomes foram inscritos para concorrerem à presidência, a “Remo Mais Forte”, encabeçada pelo atual vice-presidente Antônio Carlos Teixeira; “Por um Remo Forte e Vitorioso”, com Marco Antônio Pina; “Frente Azulina”, tendo como candidato Renan Bezerra; e “Avança Remo”, com Jader Gardeline. Os quatro candidatos ao pleito já estão aptos a colocarem seus nomes em votação.

Após o encerramento das inscrições, hoje será instaurada uma comissão eleitoral, com os membros do órgão sendo escolhidos pelo presidente da Assembleia Geral do clube, Daniel Lavareda. A comissão será responsável por fazer uma análise nas candidaturas, avaliar possíveis pedidos de impugnação e fazer cumprir o rito eleitoral previsto pelo estatuto azulino. Os nomes dos membros da comissão eleitoral devem ser anunciados ainda hoje.

A eleição de novembro será no Ginásio Serra Freire, na sede social do clube. A posse do novo presidente será feita imediatamente após o resultado das urnas eletrônicas. O novo presidente azulino assumirá o comando pelos próximos três anos e será o sucessor de Fábio Bentes.

A perspectiva da Assembleia Geral é que 3 mil sócios estejam aptos a participar das eleições do Remo, que além do presidente escolherá o novo Conselho Deliberativo. Confira um raio x das chapas:

REMO MAIS FORTE – Atual vice-presidente, Antônio Carlos Teixeira, o ‘Tonhão’, concorre à presidência pela primeira vez, mas há anos trabalha dentro do clube. Milton Campos, atual presidente do Condel, e Glauber Gonçalves, presidente diretor do comercial, compõem a chapa como os dois candidatos a vice. Aos 60 anos, Teixeira é Grande Benemérito do clube, foi vice-presidente na conquista do título da Série C, em 2005, além dos acessos à Série A em 1992, e também esteve à frente do futebol remista no quase acesso à elite na então Copa João Havelange, em 2000. Ele chega com um discurso de continuidade, de austeridade financeira e com promessa de um grande elenco para 2024.

POR UM REMO MAIS FORTE E VITORIOSO – Principal chapa de oposição, o seu candidato à presidência é o advogado Marco Antônio Pina, conhecido como “Magnata”. Conselheiro do clube, ele tem ao seu lado Gilmar Nascimento e Hermes Tupinambá. Pina fez parte da comissão de futebol durante a gestão de Manoel Ribeiro, em 2015. Um ano antes chegou a assumir a vice-presidência da gestão Zeca Pirão, em substituição a Maurício Bororó, que saiu para ser vice da Federação Paraense de Futebol (FPF). Entre suas propostas, está a de profissionalizar o departamento de futebol, dando mais espaço às pessoas que trabalham na área.

FRENTE AZULINA – Cientista político, consultor de marketing político e eleitoral, Renan Bezerra faz parte da atual gestão, mas é candidato de oposição, mesmo sendo o atual diretor de comunicação e marketing do clube. Ele é acompanhado por Carlos Magno e Diego Bessa como candidatos a vice. Bezerra foi conselheiro por duas vezes e entrou no Leão Azul com o movimento das “Diretas”, ainda em 2013, quando o clube sofria sem calendário fixo. Quando do anúncio de sua candidatura, escreveu que “só através da ampla participação política dentro da instituição se encontrarão os caminhos para uma mudança transformadora e sustentável”. O discurso é semelhante aos demais da oposição, de profissionalização no futebol em busca do acesso o quanto antes.

AVANÇA REMO – O empresário Jader Gardeline concorre ao lado de Fernando Guga e Miguel Ângelo. Gardeline,43, foi diretor comercial do Remo em 2016, sendo um dos responsáveis pela adesão do clube ao programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (PROFUT). Também de oposição, a primeira chapa a ser inscrita chegou com promessa de um projeto que visa profissionalizar o futebol azulino, com a administração apenas profissional. É um dos poucos a falar além do futebol, com promessas de estruturar o clube como um todo, dos esportes olímpicos ao social. Ainda assim, as principais palavras são de mudar radicalmente o futebol para levar o time de volta à Série B em no máximo dois anos.