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Val Soares celebra volta à Curuzu após perrengues na carreira

Dos 17 novos jogadores contratados pelo Paysandu para a temporada, o volante Val Soares, de 26 anos, é o único paraense
Dos 17 novos jogadores contratados pelo Paysandu para a temporada, o volante Val Soares, de 26 anos, é o único paraense

Nildo Lima

Dos 17 novos jogadores contratados pelo Paysandu para a temporada, o volante Val Soares, de 26 anos, é o único paraense. Mas, o jogador, nascido na cidade de Tailândia, Região Nordeste do Estado, não chegou à Curuzu vindo de outra equipe local. Nada disso. O atleta estava atuando fora do país, defendendo o Marítimo, de Portugal, pelo qual fez 23 partidas em duas temporadas – 2022 e 2023. A carreira do atleta foi iniciada com grande dificuldade, conforme revelou, e, por conta da falta de recursos financeiros da família, por muito pouco o atleta não está hoje exercendo outra atividade.

Curiosamente, o meio-campista começou na base do Paysandu, conforme revelou. Mas, a falta de dinheiro para manter-se longe de casa, acabou fazendo com que Soares acabasse deixando a Curuzu. “Tive uma passagem muito rápida nas categorias de base, cerca de um mês e meio. A questão financeira pesou, porque eu sou do interior do Pará”, revelou o jogador. Mas, se o começo não deu certo em sua terra natal, o volante acabou sendo contemplado com uma vaga no sub-20 do Internacional, do Rio Grande do Sul, em 2016.

Soares revela que a família acabou sendo vital para que ele superasse os obstáculos e engrenar na carreira. “Só contava com o apoio das pessoas da família, mãe, irmãos, meus tios e meu avô, que acabou cuidando da nossa família quando meus pais se separaram”, recorda. “No início cheguei a pensar em largar o futebol. Se hoje estou aqui é porque tenho uma família maravilhosa por trás de tudo isso”, agradece. “Graças a minha mãe, Eranildes, uma mulher batalhadora e que sempre me apoiou, os meus irmãos, Wagner, Odair e Berg, e o meu tio Valcir, que sempre me apoiaram quando eu era mais novo”, diz.

Além do apoio que recebeu em casa para seguir buscando a realização do sonho de se tornar jogador profissional, Soares revelou o lado torcedor. “Era um desejo meu jogar aqui”, afirma. “Quando tive a ligação do Ari (Barros, executivo bicolor), balancei”, assegura Soares, que nunca jogou no Mangueirão, o que ele aguarda ansioso. “Que eu possa fazer essa estreia lá. Estive lá quando defendia o Internacional-RS, em 2017, quando estava começando a carreira profissional, mas fiquei no banco”, arremata o volante, que, além do Marítimo e do Inter, jogou pelo Botafogo-SP. Coritiba–PR, ABC-RN e Brasil-RS.